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Metroviários seguem mobilização contra Doria e votam participar de ato contra Bolsonaro
Redação
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Em assembleia realizada na última quarta-feira, os metroviários de SP decidiram por suspender a data de uma greve que inicialmente estava marcada para dia 1/7 frente às constantes ameaças da direção da empresa de não garantir o pagamento dos direitos e reajuste determinado pelo TRT no mês passado, após uma forte greve em 19/5.
 

O Metrô prometia cortar todos os adicionais e benefícios dos salários pelo segundo mês consecutivo, deixando grande parte da categoria sem receber o auxílio creche, transporte e doença.

 Na tarde da segunda-feira (28), o Metrô divulgou um comunicado para os funcionários retrocedendo em relação à ameaça de cortar todos os direitos novamente no pagamento deste mês, afirmando que irá efetuar os pagamentos como determinado pelo TRT, dia 30/6 e 8/7, com o retroativo dos direitos que cortou no salário anterior. Uma conquista importante para os metroviários que protagonizam desde final de abril uma forte mobilização. Foi então aprovado na assembleia de quarta-feira a manutenção do estado de greve, utilização e adesivo e nova assembleia na próxima semana. 

Ainda nesta quarta-feira (30/6) os metroviários novamente realizaram mais um dia de luta com retirada de uniforme na operação (estações e tráfego) e manifestações nos pátios da manutenção. 

O Metrô e Doria também seguem atacando o direito à organização da categoria com a realização do leilão que realizou da sede do Sindicato dos Metroviários, contando com a ajuda da justiça que autorizou a reintegração de posse do prédio com o absurdo uso de força policial, prédio este que nós mesmos, metroviários, construímos para o nosso sindicato há mais de 30 anos.

Mas o Metrô disse ao próprio TRT que irá recorrer ao TST e tentar reverter ao menos parte dessa decisão e retirar direitos. Além disso, está efetuando um enorme corte salarial contra os trabalhadores da manutenção que participaram das manifestações organizadas pelo sindicato durante a campanha salarial. Por isso, é necessário manter a mobilização até que nossos direitos sejam efetivamente garantidos, ou seja, que o Metrô pague os direitos, não recorra ao TST contra nosso acordo coletivo e que a sede do nosso Sindicato seja mantida. Não podemos ter nenhuma confiança na justiça que nos faz concessões para frear nossa mobilização e no dia seguinte ataca nossa organização sindical, autorizando o despejo de nossa sede com uso de força policial.

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Doria faz parte dos governos de patrões que querem fazer com que os trabalhadores paguem pela crise econômica e sanitária. Busca em seu discurso se colocar como oposição ao Bolsonaro, tentando se alçar como alternativa política para as eleições presidenciais de 2022. Se utiliza do demagógico discurso de defensor da ciência, enquanto o Estado de São Paulo acumula praticamente 25% dos óbitos de todo o país por Covid-19. E agora está dizendo que irá conceder auxilio de 300 reais aos familiares das vítimas do Coronavírus que ficaram em situação de vulnerabilidade, um valor efêmero frente à perda irreparável de vidas perante a negligência do governo, o alto preço dos alimentos e do custo de vida em geral. Um discurso demagógico a serviço de suas pretensões eleitorais, para uma política muito semelhante a de Bolsonaro, de ataques aos trabalhadores e descaso com a vida da população. 

Na assembleia realizada na quarta-feira também foi aprovada a participação em bloco da categoria no próximo ato contra Bolsonaro, dia 3/7 na Av. Paulista. Para nós da Chapa 4 Nossa Classe, é muito importante que nossa categoria se some ao ato, conformando novamente um bloco de metroviários como fizemos na manifestação passada. Que possa levar toda a nossa indignação aos ataques de Doria, mas também aos de Bolsonaro e Mourão, que seguem massacrando a população indígena, privatizando tudo e querendo passar a boiada sobre os direitos dos trabalhadores e da juventude. 

Acreditamos que a força que demonstramos na nossa greve pode ser potencializada se nos ligamos à população e às demais categorias de trabalhadores de todo o país, para que não tenhamos mais que lutar separadamente, respondendo a cada ataque isolado que nos é feito de forma organizada por governos e patrões. Eles não esperam 2022 e já estão nos atacando, portanto nós também não podemos esperar.

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Isso coloca a necessidade de nossa categoria aprovar em assembleia um chamado aos demais sindicatos e centrais sindicais para a construção de uma greve geral, para que nós metroviários e tantas outras categorias pelo país possamos mostrar nossa força para derrotar os ataques como os que Doria faz aqui. E também para derrubar não só Bolsonaro, mas também Mourão, um militar racista que adora a ditadura e defende a mesma agenda de ataques de Bolsonaro.  

Chamamos todos os setores do nosso sindicato que se colocam à esquerda das burocracias para construirmos na nossa categoria e sermos parte de um comitê nacional pela greve geral e convidamos também todos os metroviários que não querem esperar 2022 e querem dar uma resposta agora a todos os ataques a construir essa política. Para que possamos exigir que nosso sindicato construa assembleias democráticas e tire um plano de lutas, pressionando a que a ala majoritária da diretoria do nosso sindicato, composta por CUT e CTB, construam de fato esse plano na nossa categoria e nas demais categorias que dirigem. 

 
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