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CORRUPÇÃO E VACINAS
Do negacionismo à negociação de propina: Impor a greve geral para derrubar Bolsonaro e Mourão
Lia Costa

Governo Bolsonaro é envolvido em escândalos de propina para aquisição de vacinas, enquanto a classe trabalhadora e os setores mais oprimidos seguem morrendo na fila para vacinação ou em decorrência do desemprego e da fome. Não existe uma saída para nós por dentro desse regime que lucra com a nossa destruição. Precisamos de uma saída construída com a força das trabalhadoras e trabalhadores.

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Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Durante toda a pandemia, o negacionismo de Bolsonaro sempre deixou a marca de seu discurso de extrema-direita. Manteve sempre firme sua política contra a vida da classe trabalhadora, atacando os setores mais oprimidos como mulheres, negros e indígenas. À base de fake news que espalharam desinformação sobre a pandemia, administrou a pandemia até aqui com o desprezo pelas mais de 500 mil vidas perdidas pela Covid.

Para Bolsonaro e os militares do governo, as vacinas até então não eram de interesse, tendo em vista toda a política que fizeram sobre os tratamentos precoces. Mas agora, diante dos escândalos envolvendo a aquisição de vacinas da Astrazeneca e a Covaxin, vemos que interesse pelas vacinas existe, mas um interesse para lucrar e enriquecer os bolsos dos envolvidos nas negociações. Ou seja, enquanto morremos, o governo negocia propina às custas da vida de nossos familiares, amigos, colegas de trabalho e estudos e conhecidos.

Nenhuma confiança pode ser depositada em qualquer ala desse regime construído a partir do golpe institucional de 2016. Nosso caminho é pela construção da unidade da nossa classe para que com um só punho possamos derrotar Bolsonaro e Mourão. Porque diferente do que o PT e a esquerda vem fazendo - de buscar derrotar Bolsonaro através de um impeachment que deixaria Mourão no poder e realinharia todo esse regime que aplicou um golpe, colocou Bolsonaro no poder, nos atacou com reformas e privatizações - nós precisamos lutar pela construção de uma greve geral para atacar a raiz, o centro de todo o mal que nos explora e nos oprime: os patrões capitalistas que lucram com a destruição das nossas vidas.

Veja também: Greve geral para derrubar Bolsonaro, Mourão, os ataques e impor uma nova Constituinte.

O general Mourão não é e nunca será uma saída para nós. Durante todo o governo Bolsonaro, fez parte de todos os ataques, reformas, privatizações e ações de degradação e ataques contra o meio ambiente para garantir os interesses do Agronegócio. Ele também é responsável por todo o show de horrores, tristeza e ódio que passamos quando assistimos animais sendo queimados vivos na Amazônia e Pantanal, como também pela mortes de mais de 500 mil pessoas pela covid. O próprio general defende a administração da pandemia realizada por Bolsonaro, dizendo que as mortes são decorrência da desigualdade socioeconômica, como se isso não fosse também responsabilidade desse regime que leva hoje 19 milhões de brasileiros à fome, sem emprego, sem auxílio emergencial.

Esperar que o resto do regime resolva algo para nós não tem resultado nada favorável para nós trabalhadoras e trabalhadores, pelo contrário. Enquanto Bolsonaro administra, junto a seus militares, a pandemia da maneira que bem entende, o Congresso, STF, Judiciário e governadores, se alinham com o governo por um objetivo em comum: fazer com que sejamos nós a pagar por toda essa crise. Nos tiraram e seguem nos tirando nossos direitos através das reformas, destroem nosso futuro, precarizam as nossas vidas, e tudo isso em prol dos lucros dos grandes capitalistas que ditam as regras do jogo no nosso país. Agora, com a CPI da covid, parte do regime tenta se safar, limpar suas mãos, tentando colocar a culpa somente em Bolsonaro, como se ele governasse sozinho esse regime do golpe.

Veja também: Sem ilusão em superpedido de impeachment! Temos que impor uma nova Constituinte pela luta.

Agora é a hora da nossa classe entrar em cena, colocando toda a nossa disposição de luta dos trabalhadores, juventude e os mais oprimidos, em prol de derrotar Bolsonaro, Mourão e os golpistas, atacando o lucro dos capitalistas através de uma greve geral - método histórico da nossa classe. A esquerda precisa romper com a política adaptada do petismo, que perdoa os golpistas como se estes pudessem ser nossos aliados em algum momento, e levantar uma política que leve à auto-organização da nossa classe, sem confiança nessa democracia burguesa que nos engana através do voto como se isso fosse garantia contra ataques, reformas, precarização e privatizações que respondem aos interesses dos capitalistas. Que no dia 3 de julho, possamos sair às ruas não somente por Fora Bolsonaro e Mourão, mas pelo início da construção de uma saída com independência de classe, sem depositar a nossa confiança e a nossa luta em prol de uma Frente Ampla com golpistas.

Veja aqui: Chamado à esquerda para construir um Comitê Nacional pela Greve Geral.

 
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