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ESCANDÂLO
Lula loteou Petrobras para Collor, segundo Cerveró
Márcio Barbio

Segundo declarou Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobrás, em depoimento prestado em dezembro de 2015, sua indicação para a diretoria da área financeira e de serviços da BR Distribuidora, em 2008, teria sido diretamente feita por Lula em "reconhecimento da ajuda" na contratação da Schahin para operar o navio-sonda Vitória 10.000.

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Na verdade, segundo Cerveró, o que houve foi uma grande negociata na qual o Banco Schahin deu por quitado um empréstimo contraído pelo PT em troca desse contrato com a BR.

Apesar de a íntegra do depoimento de Cerveró se encontrar sob sigilo, alguns trechos foram incluídos numa denúncia feita pela Procuradoria Geral da República e encaminhada ao STF. Nela, são investigados, entre outros, o deputado federal Vander Loubert (PT/MS), sobrinho do ex-governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, e Pedro Paulo Leoni Ramos, ligado ao senador Fernando Collor de Mello.

Nessa denúncia, a PGR também utilizou trechos de outro depoimento, prestado por Fernando Antônio Falcão Soares, conhecido como "Fernando Baiano".

Fernando Baiano disse que procurou ajuda do lobista Jorge Luz e de José Carlos Bumlai para que Cerveró permanecesse na diretoria internacional da Petrobrás. Não obteve êxito, uma vez que tanto Lula como Temer informaram para ambos que essa diretoria estava prometida à bancada mineira do PMDB. Então, um advogado que falava em nome da bancada mineira, liderada pelo deputado Fernando Diniz, sugeriu a manutenção de Cerveró no posto, desde que ele pagasse aproximadamente R$ 1 milhão por mês aos deputados peemedebistas de Minas.

Como esse acordo não era possível, pelo montante de dinheiro exigido, Cerveró foi afastado da Petrobrás, mas acabou sendo designado diretor da área financeira e de serviços da BR Distribuidora, em retribuição à sua ajuda ao PT no caso do grupo Schahin.

Essas informações foram divulgadas por diversos órgãos de imprensa, entre eles, Valor Econômico, Estadão, Folha e Globo.

Os trechos dos depoimentos publicados pelos meios de comunicação nada demonstram além do que todos já sabem há muito tempo. A imensa barganha que se instalou na Petrobrás e nas demais estatais não é novidade alguma. Marx já dizia que o Estado é o balcão de negócios da burguesia. Nesse caso, negócios cada dia mais lucrativos e espúrios que, como é sabido. envolvem, por exemplo, Eunício Oliveira e Renan Calheiros na Transpetro; o senador da Igreja Universal, bispo Crivella, em certas áreas e, em outras, o PT, como já ficou mais que demonstrado nos processos resultantes da Operação Lava Jato.

Na Petrobrás, hoje cerca de 80% da mão de obra é terceirizada e grande parte dos poços são privados.

Para salvar a Petrobrás e todas as estatais é preciso em primeiro lugar estatizar todos os setores que foram privatizados desde Collor até Dilma, colocando-os sob controle de seus trabalhadores, e expropriando os bens de todos os corruptos e corruptores, para que essas riquezas estejam a serviço do conjunto da população e não de negociatas como as que estamos vendo.

 
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