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PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS NA CÂMARA
Abaixo a privatização da Eletrobras! Pela estatização sob controle dos trabalhadores
Cássia Silva

Na última quinta, o Senado golpista aprovou por 42 votos a 37 a Medida Provisória 1031/21 que permite a privatização da Eletrobras. Nesta segunda (21), a Câmara dos Deputados encaminha para votá-la hoje às 15h. Essa privatização é só para garantir os lucros dos empresários, enquanto os trabalhadores e o povo pobre pagarão contas de luz ainda mais caras, com risco de novos apagões como ocorreu no Amapá. É preciso lutar por uma Eletrobras 100% estatal e controlada pelos trabalhadores.

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Foto: Divulgação/Eletrobras

Na quarta-feira, 16, o Amapá sofreu seu quinto apagão. Desde novembro do ano passado, a população do estado, especialmente a capital Macapá e região metropolitana, padece pelas quedas de energia, chegando a passar dias no escuro. Depois da onda de apagões no ano passado, Bolsonaro e o Congresso golpista fizeram com que o conjunto da população brasileira pagasse essa crise, aumentando as contas de luz no país inteiro. Mas a verdade é que quem deveria pagar são eles e os capitalistas que privatizaram o sistema de transmissão e geração de energia lá.

Não podemos esquecer que a crise da energia no Amapá foi causada pela empresa privada Gemini Energy, em que foi preciso convocar a Eletrobras para socorrer o caos energético que causou total desespero, falta de energia, água potável, comida, enquanto bairros ricos, como o da família do golpista Davi Alcolumbre (DEM-AP), eram alimentados por energia. E essa crise pode se generalizar para todo o país com a privatização da Eletrobras, articulada por Bolsonaro e pelos golpistas. A crise energética que vivemos no Brasil, em meio a 500 mil mortos por covid, fome e desemprego, é de responsabilidade do governo Bolsonaro, do centrão e do conjunto do regime político brasileiro, que atua para entregar nossos recursos para o mercado financeiro e dar continuidade ao projeto golpista de sucateamento das estatais.

Além disso, a MP inclui pontos como a construção de linhas de transmissão em terras indígenas e a obrigatoriedade de contratação de energia das usinas termelétricas, mais caras e mais poluentes, o que pode aumentar o preço da conta de luz. E também se liga a um conjunto de privatizações que estão na agenda do governo Bolsonaro, como EBC, Correios e outras. E como se não bastasse, irá acarretar em colocar pelo menos centenas de trabalhadores nas ruas, como na Usina Hidrelétrica de Furnas, localizada no curso do rio Grande entre São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais, que é controlada pela Eletrobras e tem papel importante na economia das cidades em seu entorno, tanto na geração de empregos quanto no turismo.

Veja também: Privatização da Eletrobras deve demitir 450 trabalhadores em Minas Gerais

Por isso, é necessário batalhar por uma Eletrobras 100% estatal controlada pelos trabalhadores em todos os ramos (da geração à distribuição). Colocar os recursos sob controle dos trabalhadores é a única maneira de impedir seu uso para enriquecimento de multinacionais ou políticos corruptos, e não deixar que descarreguem a crise em nossas costas.

E é nesse sentido, também para conquistar o nosso controle sobre nossos recursos, é que nós, trabalhadores, estudantes, precisamos tomar a força da luta que se expressou mais uma vez nas ruas no sábado, 19 de Junho, em nossas mãos e atropelar as direções burocráticas ligadas ao PT e ao PCdoB que só querem utilizá-la com objetivo eleitoral para eleger Lula em 2022. Lula negocia com quem nos ataca, fazendo reuniões para costurar alianças com Sarney, Fernando Henrique Cardoso e outros. Desde que foi reabilitado para concorrer às eleições, depois de ter sido preso arbitrariamente pelo Judiciário golpista em 2018, sinaliza para os militares e perdoa os golpistas, diz que encaminhará a privatização da Caixa, porque quer se integrar ao regime político desdobrado do golpe institucional de 2016 e governar o país em prol dos ataques.

Por isso, precisamos exigir que a CUT, a CTB (centrais sindicais dirigidas pelo PT e pelo PCdoB) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), entidade estudantil dirigida pela UJS (juventude do PCdoB), pela Juventude do PT e pelo Levante Popular da Juventude, organizem a luta e não dividam as pautas e as forças dos trabalhadores e dos estudantes, como fizeram primeiramente convocando manifestações separadas entre os dias 26 e 29 de Maio, e depois nos dias 18 e 19 de Junho. É urgente que as centrais sindicais convoquem um dia unificado de paralisação nacional, no qual os trabalhadores se organizem e lutem contra as privatizações e reformas em unidade com a juventude.

Veja também: A força nas ruas não pode ser combustível para campanha eleitoral! Paralisação nacional já

 
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