Foto: Ronald Mendes / Especial
Os cortes orçamentários da educação são consequência do decreto presidencial nº 10.686, que busca adequar os gastos públicos ao teto de gastos imposto pelos grandes bancos e instituições financeiras internacionais, que significa nesse caso, que os valores retirados da educação iriam para o pagamento dos juros da dívida pública, ou seja para o bolso de grande banqueiros.
Mesmo com o passo atás dado por Bolsonaro no dia de óntem em recompor parcialmente as verbas destinadas às universidades federais, devido a enorme comoção pública, elas correm o risco de fechar suas portas por falta de verbas.
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Se não bastasse essa ingerência internacional nos rumos da economia nacional por via da lei do teto de gastos, o governo federal executa uma verdadeira farra com o dinheiro público, com a distribuição de volumes de dinheiro historicamente recordistas para comprar apoio de parlamentares chegando a 48,8 bi. No dia 30 de abril, o governo federal publicou uma portaria em que autoriza que salários do primeiro escalão do governo ganhe mais que o teto de gastos, chegando a 69% de aumento salarial atingindo ganhos de até R$66 mil.
Cinicamente , Milton Ribeiro afirmou que o corte na educação foi por determinação do presidente Bolsonaro em virtude de priorizar o auxílio emergencial, um miserável auxílio emergencial no valor de R$150,00 a R$375,00 que não contempla minimamente as necessidades de uma família. Afirma isso, semanas depois do próprio presidente ostentar uma picanha de R$1750,00 o kilo.
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Na palavras do próprio Ministro no evento na UFSM - Ser ministro de um Ministério da Educação quando não há crise de recebimentos de tributos e impostos, como foi em anos passados, é fácil. Neste tempo em que o governo federal é obrigado a selecionar se constrói um prédio a mais na educação ou se coloca um pouco mais de comida no prato de brasileiros que estão morrendo de fome, é muito difícil. E foi isso que o presidente Bolsonaro me disse: "Milton, vou ter que cortar, porque eu faço isso ou não coloco comida no prato de um brasileiro que está faminto"
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Somadas todas essas benesses ao primeiro escalão do governo, dinheiro de sobra aos parlamentares, socorro de 1,2 tri aos bancos e 6bi às empresas aéreas Latam e Gol no ano passado e sem nenhuma contrapartida exigida no sentido de impedir demissões ou mesmo medidas de auxílio dignas aos pobres que ainda sofrem com a falta de vacinas e condições mínimas de sobrevivência, fica clara a demagogia do Ministro da educação, mais um testa de ferro do presidente que faz jus ao generoso aumento que seu chefe lhe garantiu.
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