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CORTES NAS UNIVERSIDADES
Mesmo com recuo de Bolsonaro, universidades seguem com ameaça de fechamento
Redação

Após comoção nacional perante a ameaça de fechamento de institutos federais por conta dos cortes no orçamento, o governo Bolsonaro recuou e prometeu recompor parte das verbas destinadas às universidades. No entanto esse recuo não recompôs totalmente a verba necessária para custeio básico do funcionamento. Segundo presidente da Andifes, a UFRJ, por exemplo, com essa recomposição parcial, sobrevive apenas até setembro deste ano.

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Na foto, o Ministro da Educação Milton Ribeiro e Bolsonaro

O corte de 2021 vem na esteira de um plano de austeridade de anos. Desde o governo Dilma as universidades federais sofreram cortes, mas obtiveram um salto nos cortes após o golpe de 2016 e se aprofundaram ainda mais no governo Bolsonaro. Entre 2020 e 2021, o caixa das universidades teve corte de 18%. Dos recursos aprovados para esse ano, 40% estava contingenciado e dependia da aprovação do governo.

No dia de ontem, após enorme comoção nas redes sociais, o governo recuou e liberou R$ 2,59 bilhões. Mas para chegar ao patamar dos gastos de 2020, ainda faltam R$ 1,7 bilhões para serem liberados e colocarem nos cofres do ensino superior.

Segundo Edward Madureira Brasil, presidente da Associação dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), essa recomposição ainda é insuficiente. "Isso dará um fôlego de algumas semanas ou, no máximo, dois meses. A situação é terrível. Estamos tendo que cancelar coisas elementares", afirma Madureira, que também é reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG).

A maior federal do país, a UFRJ, informou que essa recomposição não garante funcionamento da universidade até o fim do ano, só até setembro. Ou seja, se a situação estava difícil em 2020, mesmo com o recuo de Bolsonaro ela segue ainda mais difícil.

Os cortes tendem a afetar principalmente verbas destinadas à pesquisa, permanência de estudantes cotistas e carentes, bolsas de auxílio, entre outras coisas. Trata-se de um ataque enorme a universidades que já vem sendo atacadas há anos.

Em meio à pandemia, onde o mundo todo viu a importância de se produzir ciência em função das necessidades da população, os cortes de Bolsonaro vão bem de acordo com o negacionismo criminoso imperando no país. É preciso combater esses cortes com a mobilização de estudantes, professores, trabalhadores e população em geral, com o intuito de defender uma educação pública, de qualidade, gratuita e para todos no país.

 
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