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INFLAÇÃO
Índice de inflação de abril aponta mais alta no preço dos alimentos básicos
Redação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou nesta terça, 11, os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referentes ao mês de abril. O primeiro considera a inflação oficial do país e, o segundo, a variação de preços especificamente para as famílias que possuem renda de um a cinco salários mínimos. Ambos apontam para a mesma conclusão: está cada vez mais difícil para a classe trabalhadora se alimentar com qualidade e manter uma vida minimamente digna.

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Foto: Weber Sian / ACidade ON

O IPCA teve queda em abril, passando dos 0,93% em março para 0,31% em abril. Mas isso não significa que houve uma queda real na inflação, pois ao considerar o acumulado dos últimos 12 meses, o índice subiu para 6,76%, estando acima da meta de teto do governo e alcançando o nível mais alto dos últimos 4 anos e meio.

A situação se mostra ainda mais crítica se for observado o INPC, que diz respeito ao consumo da classe trabalhadora mais precária, já que o mesmo teve elevação de 0,38%, levando a taxa acumulada dos últimos 12 meses a 7,59%, uma alta diante dos 6,94% calculados no mês de março. Ou seja, quanto menor a renda da família trabalhadora, maior o impacto da inflação no seu consumo.

Para o IPCA, são considerados nove grupos de produtos e pesquisas, sendo que oito destes tiveram alta na inflação. São eles: saúde e cuidados pessoais (1,19%), artigos de residência (0,57%), vestuário (0,47%), alimentação e bebidas (0,40%), habitação (0,22%), comunicação (0,08%), educação (0,04%) e despesas pessoais (0,01%). Apenas o grupo Transportes (-0,08%) teve queda, relacionado ao recuo no valor do transporte por aplicativo - mais um reflexo do aumento da dificuldade de consumo da população trabalhadora. A maior alta foi no preço dos remédios, com os antibióticos e anti-inflamatórios à frente, justamente em um momento onde vivemos uma crise na saúde pública com escassez de leitos de hospitais.

O preço dos alimentos é o que expressa a maior elevação nos últimos 12 meses. O elemento básico para a sobrevivência da população tem tido altas contínuas, obrigando a classe trabalhadora a improvisar e reinventar sua rotina alimentar. Não por acaso, metade da população encontra-se em situação de insegurança alimentar. O óleo de soja e o arroz estão no topo das altas de preço, com 82,34% e 56,67%, respectivamente. As carnes já somam 35% de elevação.

Já o gás de cozinha, que vem passando por consecutivos aumentos, sendo o último de 11% no mês de abril, teve elevação de 1,15% na inflação, acumulando 21,11% de avanço em 12 meses. Os combustíveis tiveram leve recuo em abril, após 10 meses consecutivos de altas da gasolina, porém seguem acumulando em 12 meses 35,57% para a gasolina e 37,61% para o etanol.

No Brasil do regime do golpe, sob o governo de Bolsonaro e seus aliados militares, a realidade que se vive é a dificuldade de sobreviver, seja diante de uma pandemia na qual os governos atuaram para que chegássemos aos mais de 425 mil mortos; seja diante da fome que só aumenta, consequência não apenas da absurda inflação, como também do desemprego e da precarização do trabalho; ou, como vimos recentemente, diante das armas das polícias que insistem em tirar as vidas dos que ousam sobreviver ao vírus e à fome nas periferias e favelas.

 
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