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CRISE SANITÁRIA
Basta de 3 mil mortes todos os dias: precisamos de um plano emergencial já contra a crise
Guilherme Garcia

A crise do Coronavírus está ceifando mais 3 mil vidas todos os dias devido a política assassina de Bolsonaro e dos golpistas. é preciso um plano emergencial para enfrentar a crise sanitária já!

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Nesta última quinta-feira (15), o Brasil registrou 3774 mortes, sendo o 4° pior dia desde o início da pandemia. A média de mortes diárias se mantém acima da faixa de 3 mil, e hoje já estamos passando do total de 365 mil mortes. O Brasil já é o epicentro da pandemia no mundo inteiro com leitos de UTIs colapsados em vários estados, tanto na rede pública e privada, faltam insumos para atender de forma adequada os pacientes, cidades com ameaça de falta de cilindros de oxigênio, e pessoas estão morrendo nas filas de espera e nas portas dos hospitais.

A situação avança devido ao total descaso e negligência da política assassina de Bolsonaro, dos governadores e todas as alas desse regime golpista. Bolsonaro, negou o vírus durante toda a crise sanitária, promoveu atos negacionistas com aglomerações de seus apoiadores de extrema direita e sequer utilizou todo o orçamento da união que havia sido destinado para o combate da pandemia, enquanto gastou fortunas com Leite Condensado e itens do tipo. Sua política esteve voltada a atender os interesses dos empresários em manter tudo aberto para lucrarem o máximo possível enquanto a pandemia seguia avançando.

Não foi muito diferente a política dos governadores, que mesmo se colocando como oposição ao governo Bolsonaro no discurso, também trabalharam para atender os interesses dos capitalistas, fazendo demagogias com flexibilização a economia alegando que a situação estava melhorando, mesmo em momentos como em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e entre outros, com os sistemas de saúde e funerário andavam a beira do colapso, os governos de Doria, Leite e os demais, abriram a economia, sem garantia de testes, e fazendo os trabalhadores seguem se expondo ao vírus. Além de seguirem fazendo de tudo para reabrir de forma insegura as escolas para que professores e alunos também sejam expostos. Mesmo em momentos mais agudos onde os governadores aumentavam as restrições, elas eram feitas de forma totalmente irracional, sem proibir as demissões ou garantir auxílios para os trabalhadores não terem que passar fome.

Agora no Senado ocorrerá a “CPI Covid” que irá investigar as políticas de Bolsonaro frente à pandemia. Mas será que o Senado, uma das casas mais antidemocráticas e reacionárias do regime, está preocupado em combater a pandemia? Obviamente que não. Nem os senadores como Renan Calheiros, e nem o STF golpista que votou para que a CPI fosse aberta. Esses atores fazem parte do mesmo regime do Golpe Institucional, que veio para descarregar ajustes e ataques nas costas da classe trabalhadora. No discurso se apresentam diferentes do negacionismo de Bolsonaro, mas quando se trata de atacar os trabalhadores são convergentes. Assim foi com a aprovação da reforma da Previdência, a terceirização irrestrita, a PEC Emergencial que congela o salário dos professores por 20 anos, e demais ataques que os golpistas querem passar, como a Reforma Administrativa que irá atacar servidores públicos.

A vacinação ainda segue em marcha lenta no país, onde nem 15% da população foi vacinada. Tanto Bolsonaro e governadores fazem demagogias que irão garantir vacinas para todos, mas seguem atendendo as sedes de lucro dos capitalistas que seguem lucrando em cima das patentes das vacinas, enquanto milhares seguem morrendo diariamente.

Não vai ser nas mãos dos golpistas que iremos fazer com que as vidas sigam sendo sucumbidas para o coronavírus. Somente os trabalhadores através de sua força e pela luta conseguiram dar uma resposta para essa crise. Levando a frente um plano emergencial anticapitalista para a pandemia, que se enfrenta com os interesses dos grandes empresários que só querem saber de lucrar mais e mais com a crise.

Um plano emergencial que garanta testes massivos e uma quarentena racional, com
isolamento de todos os infectados com o confisco de grandes hóteis e resorts para que isso aconteça. É necessário que todos os trabalhadores de serviços não essenciais sejam liberados, proibindo suas demissões e garantindo um auxílio emergencial de pelo menos um salário mínimo para pôr comida na mesa. Com isso também é necessário que o preço dos alimentos que estão em alta sejam congelados, e as demais contas como água, gás e luz, tenham suas cobranças suspensas, para que os trabalhadores não tenham que sofrer com as consequências da crise econômica.

Para combater efetivamente a pandemia, precisar ser aberto mais contratação na área da saúde, para cobrir a demanda e também combater o crescente desemprego. reconverter a produção industrial do país para produzir insumos e equipamentos, como cilindros de oxigênio para evitar que uma nova crise de Manaus ocorra em uma das 600 cidades que estão hoje ameaçadas de escassez. É preciso também garantir a quebra de todas as patentes de pesquisas da vacina contra a covid, para que garantir o mais urgente possível a vacinação para todos.

Precisamos levar a frente esse plano para que os trabalhadores parem de sofrer com todos os efeitos da crise sanitária. Por isso é preciso organizar a luta. As grandes centrais sindicais como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, precisam romper com a sua inércia e organizar um calendário de lutas desde já e não esperar que as coisas vão se resolver só depois de 2022. Os trabalhadores precisam se mobilizar em seus locais de trabalho, através de assembléias e comitês de higiene e segurança, e exigir dos seus sindicatos para iniciar a luta.

Lutar pelo Fora Bolsonaro, Mourão e todo esse regime podre como parte de enfrentar a crise econômica e sanitária, passa por enfrentar os efeitos econômicos do golpe, fazer essa ligação é papel da esquerda que poderia cumprir uma importante tarefa se construísse um polo anti-burocrático que apontasse para os trabalhadores esse caminho da mobilização e mostrasse que é necessário ter uma política alternativa a conciliação das grandes centrais, para impor que estas se movimentam e coloquem de pé uma verdadeira frente única operária que possa lutar por este plano emergencial contra a pandemia, pela anulação de todas as reformas e privatizações, contra todas as medidas autoritárias do judiciário golpista e por um programa operário para que sejam os capitalistas e não os trabalhadores os que paguem por essa crise.

 
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