(crédito: Ed Alves/CB/DA Press)
Na terça-feira do dia 23 de abril, o Governo do Distrito Federal informou aos rodoviários e agentes do Detran que o setor teria direito a percentual das vacinas na semana seguinte. O comunicado foi dado pelo próprio secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, sob ordem do governador Ibaneis Rocha (MDB), porém as manifestações nas ruas do DF nesta manhã demonstraram insatisfação e revelaram o descumprimento do governo com o projeto de vacinação proposto pelo Estado.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, as ruas foram ocupadas pelo setor a fim de contestar o atraso do Governo Federal na distribuição dessas doses, uma vez que o governo local determinou que a categoria de motoristas e cobradores seria prioridade no plano de vacinação. O protesto contou com a participação de cerca de 200 ônibus e a concentração foi realizada em dois locais, no estacionamento do Estádio Mané Garrincha e na Estação de Metrô 114 Sul.
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Mesmo com a orientação do sindicato à sua categoria para que tomem todos os cuidados e sigam os protocolos de segurança, os trabalhadores do transporte correm um tremendo risco ao exercer a sua profissão, que conta incontrolavelmente com a lotação diária dos transportes públicos.
O direito à quarentena foi e seguirá sendo um privilégio de poucos na sociedade de classes. A pandemia aprofunda e escancara as desigualdades históricas do nosso país. Não é conspiração, mas sim uma realidade concreta a responsabilidade das prefeituras, dos governos estaduais e do governo federal frente às mortes, à fome, ao desemprego e a incapacidade de preservar a segurança sanitária e a vida de milhões de trabalhadores e trabalhadoras brasileiros. As milhares de mortes diárias e a política violenta e negacionista fundamentada numa ideologia e prática genocida do presidente Bolsonaro expressa o projeto elitista, de ataques e descaso com as demandas urgentes da classe trabalhadora.
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