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IBGE
Inflação acumulada passa de 10% em 12 meses, aumento de preços é mais sentido pela população mais pobre
Redação
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Segundo pesquisa realizada pelo IBGE divulgada nesta quarta-feira, 9, a inflação acumulada em 12 meses medida pelo IPCA (Índice de preços ao consumidor amplo), atingiu 10,48% em novembro. A alta no índice é reflexo do aumento no custo de vida provocado pela crise e o ajuste, por meio do aumento nos preços de serviços e produtos básicos, como alimentos, energia e combustíveis.

Mais de 50% do IPCA foi explicado pelos aumentos nos alimentos (27,39% da taxa), energia elétrica (14,41%) e combustíveis (9,54%). Segundo técnicos do IBGE, o aumento nos preços neste ano, em particular no IPCA, ocorre devido a reajustes que teriam sido contidos nos últimos anos pelos governos para evitar o aumento da inflação, especialmente em ano eleitoral. O aumento no índice também refletiu indiretamente os efeitos da desvalorização do real, ou seja, o dólar mais caro, o que encarece as importações.

Os mais pobres pagam a conta da inflação

Também divulgado nesta quarta, foi o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que subiu 1,11% em novembro, após ter registrado alta de 0,77% em outubro, com o resultado, o índice acumulou uma alta de 10,28% no ano e aumento de 10,97% em 12 meses. O INPC, é um índice importante, pois mede a variação dos preços para as famílias dos trabalhadores com renda de um a cinco salários mínimos, ou seja, o aumento no custo de vida, que se acelera com a desvalorização dos salários dos trabalhadores e com os tarifaços do governo Dilma e Levy, é mais sentido pelos mais pobres.

Aumento no custo de serviços básicos e impostos e taxas: tarifaço

Serviços básicos como a energia elétrica ficou 0,98% mais cara no IPCA de novembro e os combustíveis aumentaram 4,16%. Houve aumento nos preços da gasolina com destaque para a alta no litro de etanol, que aumenta por conta dos prejuízos à safra de cana, da concorrência com a produção de açúcar e do aumento nas exportações de açúcar.

Em dezembro, a inflação terá pressões ainda do reajuste de 8,47% na taxa de água e esgoto em Fortaleza, em vigor a partir de 19 de dezembro, além da absorção de parte dos aumentos de 16% na conta de luz no Rio de Janeiro (em vigor desde 7 de novembro) e tarifa de ônibus urbano em Fortaleza (de 14,58% no dia 7 de novembro) e Campo Grande (8,33%, em 19 de novembro).

Salário mínimo é 4 vezes inferior ao necessário

Segundo cálculos do Dieese, em novembro o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.399,22, ou 4,31 vezes o mínimo atual de R$ 788,00. Em novembro de 2014, o valor necessário para atender às despesas de uma família era de R$ 2 923,22, ou 4,04 vezes o salário mínimo então em vigor, de R$ 724,00.

Cesta básica mais cara em todo país

Cesta básica sobe em todas as capitais pesquisadas em novembro, diz Dieese
O preço da cesta básica em novembro aumentou em todas as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos divulgada nesta quarta-feira, 9, as maiores altas foram registradas em Brasília (9,22%), Campo Grande (8,66%), Salvador (8,53%) e Recife (8,52%) O menor aumento foi registrado em Belém (1,23%). No mês anterior, metade das cidades registrou aumento de preços.

No período de 12 meses, de dezembro do ano passado até novembro deste ano, todas as 18 capitais acumularam alta no preço da cesta. As variações ficaram entre 7,74% em Belém e 26,40% em Salvador.

No acumulado do ano até novembro, o cenário é o mesmo, com todas as cidades apresentando aumento. As maiores elevações ocorreram em Salvador (20,69%), Campo Grande (19,55%) e Curitiba (18,81%). As menores variações ocorreram em Belém (5,87%) e Goiânia (6,85%).

De acordo com o Dieese, os produtos com predomínio de alta nos preços nas Regiões Centro-Sul em novembro foram tomate, açúcar, óleo de soja, arroz, café em pó, pão francês, carne bovina e batata. No Norte e Nordeste, o destaque foi para a alta da farinha de mandioca.

Em termos de valores, o maior custo da cesta básica em novembro foi registrado em Porto Alegre (R$ 404,62), seguido de São Paulo (R$ 399,21), Florianópolis (R$ 391,85) e Rio de Janeiro (R$ 385,80). Os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 291,80), Natal (R$ 302,14) e João Pessoa (R$ 310,15).


Aumento no custo de vida: a inflação como medida de ajuste dos capitalistas

Como destacamos acima, o aumento nos preços de serviços e produtos básicos, é sentido diariamente pelos trabalhadores que percebem que a cada mês, o salário rende menos no supermercado e para pagar as contas. Este é o ajuste que os governos, que atendem aos interesses dos lucros dos capitalistas, impõem para a população, dessa forma, são os trabalhadores e os mais pobres (como mostrou o índice do IBGE, INPC) que estão pagando o custo da crise, assim, a maioria da população vê a deterioração das suas condições de vida em nome dos lucros dos empresários e dos capitalistas estrangeiros.

Para que a crise seja paga pelos ricos e empresários é preciso construir pela base um movimento nacional contra os ajustes, que coloque pela força da mobilização um programa para conter de fato o aumento no custo de vida e impedir a desvalorização dos salários por meio, por exemplo, da luta contra a carestia de vida e pelo reajuste automático dos salários conforme a inflação.

Esquerda Diário/ Agência Estado.

 
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