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HOSPITAIS
Dias antes do colapso na saúde, Doria mandou fechar parcialmente 6 hospitais estaduais
Emilly Vitoria
Estudante de ciências sociais na UFRN e Militante da Faísca Revolucionária
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Ato na Regis Bittencourt contra o fechamento da unidade especializada de Itapecerica da Serra

No dia 1º de fevereiro, João Dória (PSDB), governador do Estado de São Paulo, decretou o fechamento parcial de 6 hospitais estaduais, restringindo o atendimento dos Pronto Socorros apenas a pacientes encaminhados, ou que chegam de ambulância. O mesmo Dória que quer parecer “racional” para se opor ao Presidente da República por ser a favor da vacinação e contra o negacionismo de Bolsonaro.

Foi em meados de fevereiro que Doria anunciou o fechamento do pronto atendimento em hospitais de Cotia e Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo, além de unidades na Vila Alpina e no Itaim Paulista, zona leste, e no Grajaú e em Pedreira, na zona sul da capital paulista. Na prática, o governador facilitou as condições para o colapso da saúde que vemos hoje, sobretudo para esses municípios.

O mesmo Dória que decretou a reabertura de todas as escolas estaduais do Estado de São Paulo, colocando em risco a vida de professores, alunos e seus familiares, bem como de todos os trabalhadores da educação na fase mais crítica da pandemia.

Escolas que em sua grande maioria se encontram em condições precárias e sem seguranças sanitárias, como professores da rede denunciaram no início das aulas as salas mal ventiladas, o péssimo saneamento e a falta de itens básicos de higiene, como sabão e álcool em gel.

Assim como os hospitais, que possuem falta de equipamentos e de insumos para atender os pacientes. Os trabalhadores da saúde, que em sua maioria são mulheres, que estão na linha de frente tanto do combate ao COVID-19 quanto do combate aos ataques por parte do governo de Dória, realizam o seu trabalho em condições precárias e exaustivas.

Mas não se engane, é fato que as políticas de morte do Dória estão submetidas à lógica capitalista de garantir que o lucro dos empresários das indústrias, do comércio sobre às vidas da grande massa trabalhadora e principalmente, da população pobre e periférica. Agora, com a nova variante do coronavírus, muito mais transmissível e com carga viral dez vezes maior, os hospitais que já se encontram com suas capacidades reduzidas estão beirando o colapso, sem leitos e respiradores para a demanda de pessoas contaminadas, da mesma forma que já foi declarado o colapso da saúde em três estados do país e sem perspectiva de vacinação em massa da população.

Por fim, com esses constantes ataques por parte do Bolsonaro, que se beneficia da pandemia e das quase 2000 mortes por dia do povo trabalhador, e nega até mesmo o insuficiente o auxílio emergencial e a compra de vacinas, é de extrema importância que ressaltemos que a única alternativa para o combate efetivo à crise da pandemia, partirá da auto organização da classe trabalhadora. Não virá dos governadores como João Doria ou qualquer representante do golpismo desse regime podre.

Na manhã do dia 11 de fevereiro, trabalhadoras da saúde e moradores dos municípios realizaram um protesto que bloqueou parcialmente a rodovia Régis Bittencourt em protesto contra o fechamento dos hospitais. Participaram também membros do MTST e sindicalistas do Sindicato de Metalúrgicos de Taboão da Serra. Um pequeno exemplo do que é necessário generalizar e organizar, para travar uma só luta por uma saída real para a pandemia.

Testagem massiva da população, isolamento racional dos doentes através da expropriação de salas de hotéis, prédios ociosos, construção de hospitais, abertura de leitos, contratação massiva na saúde, fortalecendo a luta por um SUS 100% estatal sob controle dos trabalhadores. Além disso, a quebra das patentes das vacinas e controle genômico, são medidas básicas de saúde necessárias para conter o contágio, ao contrário do toque de recolher que apenas irá reprimir os trabalhadores, os mais pobres e a juventude.

Mas também é necessário arrancar a proibição das demissões, licença remunerada para todos que ficarem em casa, e um auxílio emergencial de no mínimo R$ 2000,00. Essas são medidas básicas para garantir a vida e as condições de vida dos trabalhadores, que ao lutarem essas medidas, deverão se enfrentar contra o conjunto dos interesses capitalistas e seus lucros para assumirem o comando do combate a catástrofe.

 
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