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FLÁVIO BOLSONARO
Cartório responsável por documento de mansão de Flavio Bolsonaro censura dados da compra
Redação

Enquanto mais de 100 mil vacinas podem ser compradas com a quantia de 6 Milhões em dinheiro público do qual Flavio Bolsonaro investiu em uma mansão, o cartório que expediu a documentação legal do imóvel censurou dados das compras colocando tarja preta em pontos que deveriam ser acessíveis a todas as pessoas, já que Flavio é senador, tal como a Renda e seu CNPJ.

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Imagem: Agência Brasil.

De acordo com matéria publicada no Jornal Estadão o Cartório no qual o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez o registro da compra de uma mansão no valor de R$ 6 milhões, em Brasília, ocultou as informações da escritura pública. Esse documento, que possui as informações e dados da transação comercial realizada deve ser acessível a qualquer pessoa que o solicitar.

Veja mais em: Flavio Bolsonaro compra mansão de 6 milhões em Brasília

Numa clara manobra de “proteger” o então senador Flávio Bolsonaro, percebemos que não há limites para a concepção de uma “justiça burguesa”, que mediante interesses próprios não consegue esconder seu caráter cínico. O nível de absurdo é tamanho que na cópia da escritura obtida pelo Estadão, trechos foram omitidos com tarjas na cor preta. As informações ocultadas seriam: números dos documentos de identidade, CPF e CNPJ de partes envolvidas, bem como a renda de Flávio e da mulher, a dentista Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro.

Cabe destacar que para a compra da mansão, Flávio Bolsonaro desembolsou um total de R$ 3,1 milhões no Banco de Brasília (BRB), com parcelas mensais de R$ 18,7 mil, as prestações representam 70% do salário líquido de Flávio como senador – R$ 24,7 mil. Em consulta ao Estadão, o titular do cartório no qual há a escritura da compra da mansão, Allan Guerra Nunes, informou que essa medida de “ocultar dados e informações” do senador Flávio Bolsonaro, seria para preservar os dados pessoais do então senador.

Diante dessas manobras, fica mais que nítido que o cartório tem o objetivo de proteger Flávio Bolsonaro. Não há nenhum impedimento do ponto de vista da própria norma jurídica burguesa que impeça que tais dados sejam divulgados, além disso, o senador é uma figura pública que tem por obrigação prestar contas desse tipo de ação frente à sociedade de uma forma geral.

Em matéria ao Estadão o tabelião Ivanildo Figueiredo, titular do 8º Tabelionato de Notas do Recife e professor de Direito Notarial na Faculdade de Direito do Recife informou o seguinte:

"Se a parte vai ao cartório e faz um ato público, esse ato é público. Qualquer pessoa pode pedir cópia desse documento. Qualquer pessoa pode ter acesso ao conteúdo desses atos. O dever é entregar a certidão como está no livro, não pode censurar".

É importante frisar que, com o dinheiro gasto pelo Senador na compra da mansão, haveria a possibilidade de aquisição de mais de 100 mil doses de vacinas contra a Covid-19. Entretanto, em meio a mais de 262 mil mortes e com médias diárias que beiram a 2 mil óbitos, tanto o senador Flávio Bolsonaro, quanto Jair Bolsonaro desdenham das mortes.

Veja mais: Com o dinheiro da mansão de Flavio Bolsonaro, compraríamos mais de 100 mil doses de vacina

Além disso, é perceptível a função de um cargo burguês de senador da república, enquanto milhares morrem a espera de leitos do SUS, os políticos burgueses somam quantias para compra de mansões, recebendo todas as regalias possíveis, enquanto o povo pobre e trabalhador sofrem os efeitos da Covid-19 na própria pele.

 
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