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REABERTURA DAS ESCOLAS EM SP
Uma aluna morta e 60 escolas monitoradas para Dário Saadi suspender aulas presenciais
Redação

O prefeito Dário Saadi esperou uma aluna morrer para assumir que a política de reabertura das escolas com atividades presenciais está agravando a pandemia. A partir de hoje, 03 de março, Campinas, retorna a fase vermelha, com medidas que incluem a suspensão das aulas presenciais nas escolas em todos os níveis: particulares, estaduais e municipais.

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Foto: Carlos Bassan/ Prefeitura de Campinas

Campinas, como outras cidades do interior, apresentam índices dramáticos da pandemia. Com UTIs super lotadas, temos 1884 mortos na cidade e o número de casos ultrapassam os 70.000. Semana passada, Dário Saadi tentou maquiar a gravidade da situação com medidas cosméticas como colocar a cidade na faixa vermelha apenas na madrugada. No entanto, desde a metade do mês de fevereiro as UTIs da cidade estão lotadas, ou seja, já era possível perceber que a cidade caminhava para o colapso do sistema de saúde.

Sem qualquer preparação efetiva ou plano de controle, Dário Saadi preferiu testar os limites da segurança sanitária, tardando para adiar o retorno presencial das escolas municipais, evitando publicizar a realidade sobre a superlotação das UTIs e sem criar plano algum de assistência econômica para os trabalhadores afetados pela pandemia.

Movimentos de educadores, professores estaduais e municipais, trabalhadores da saúde denunciam a tempos que a cidade passaria pela situação que está agora. Os políticos, como Dário Saadi, preferiram ignorar as evidências, flertar com o negacionismo, até que a situação fugisse do controle.

As escolas abertas é um caso gráfico da irresponsabilidade dos governos estaduais e municipais. Enquanto os professores estaduais se recusaram a retornar às escolas da forma insegura - imposta por João Doria e Rossieli- Dário Saadi fazia coro com o “negacionismo light” afirmando que as escolas são seguras. Ele preparava o retorno presencial das escolas municipais para março, mas foi obrigado a recuar.

O ambiente escolar é de alta circulação de pessoas, com pouca ventilação, onde pessoas compartilham o mesmo ambiente por mais de 15 minutos. É evidente que o retorno das aulas presenciais em locais assim, sem nenhum programa massivo de testagem e qualquer vislumbre de ampla vacinação, agravaria os surtos de Covid-19.

Hoje, é evidente que os professores e trabalhadores que denunciaram a insegurança do retorno estavam com a razão. A cada semana aumenta o número de escolas que apresentam casos confirmados e suspeitos. Já são mais de 40 com casos confirmados e 20 em investigação. Ou seja, no mínimo 60 escolas encontram-se no monitoramento da vigilância sanitária.

Porém, Dória, Rossieli e Dário Saadi escolheram contar mentiras para forçar uma imagem de segurança. Rossieli disse que Covid-19 se pega em casa. Dário, que transporte público é seguro e não existe indícios de transmissão da doença neles. Estes políticos fingem estar combatendo a pandemia, enquanto cedem à iniciativa privada e ao próprio negacionismo, para quando o caos imperar posarem de “racionais”.

A situação obrigou Dário Saadi a suspender o retorno. Mas o secretário estadual da educação, Rossieli, continua com sua política de morte impondo a abertura insegura das escolas. Ao que tudo indica, ele pressiona para que João Doria, ao passar o Estado para faixa vermelha, mantenha escolas em funcionamento. Rossieli ignora os avisos do movimento de trabalhadores da educação, os falecimentos diários de professores, alunos e funcionários, para seguir seu plano demagógico que só satisfaz os interesses das escolas privadas.

Os políticos, apesar da pandemia, continuam com seus planos de ataques aos trabalhadores e de austeridade aos serviços públicos sem se preocuparem com a saúde da população. É necessário responsabilizar tanto os negacionistas declarados como Bolsonaro, quanto os que posam de racionais e científicos como Doria, Rossieli e Dário. Nenhum deles não podem decidir por nós.

No momento, a prefeitura de Campinas está usando dinheiro público para recorrer aos leitos de UTIs dos hospitais privados. Neste jogo de interesse, o lucro vale mais do que nossas vidas. Por isso, defendemos que a pandemia seja combatida por um plano único comando por um SUS 100% estatal controlado pelos trabalhadores. A saúde privada tem que estar estatizada para que suas estruturas e laboratórios, estejam a serviço de um plano de imunização e controle real da pandemia. É necessário também um plano de emergência econômico que proíba o desemprego e garanta uma renda para os desempregados que já atinge o espantoso número de 108 mil na cidade.

 
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