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RETORNO INSEGURO DAS ESCOLAS
"Se eu morrer, eles vão suprir a necessidade da minha família?" diz professora categoria "O" de SP
Redação

O Esquerda Diário trouxe algumas declarações dos professores categoria "O" de São Paulo, professores contratados, com menos direitos que os efetivos e que contam como estão vendo a imposição do retorno inseguro das aulas de Doria e Rossieli.

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Foto: Fabiane de Paula

Os professores categoria O, que são aqueles professores que são contratados pelo Estado de São Paulo, com menos direitos que os professores efetivos, estão sendo constantemente ameaçados frente ao retorno inseguro de Doria e Rossieli. Os novos contratos desta categoria prevê exclusividade para o trabalho presencial, excluindo aqueles que são do grupo de risco e já impondo o retorno presencial. O Esquerda Diário, que vem defendendo os direitos desses trabalhadores ouviu alguns professores sobre o retorno inseguro, veja abaixo três relatos:

"A volta de algumas atividades presenciais nas escolas pode ser resumida com a comparação a um abatedouro. A sensação é de medo e muita revolta. O medo vem tanto do fato que os protocolos não são garantia de segurança aceitável para a convivência escolar (como podemos observar nos mais diversos casos na cidade), quanto das condições estruturais das escolas da rede pública que não darão conta desses protocolos que já se mostram insuficientes de todo modo. E a revolta é perceber que essas atividades presenciais poderiam ser realizadas remotamente, já que a operacionalização de todo trabalho escolar de aprendizado está subordinada ao Centro de Mídias. Sabemos que o acesso ao CMSP pelos alunos muitas vezes se dá de forma precária e também há a necessidade do aporte escolar como por exemplo a alimentação dos alunos. Mas essa volta da forma como foi planejada e com as condições das escolas, é no mínimo aviltante, pois não propõe solução para esses problemas e de quebra expõe os profissionais e os alunos ao risco de contágio. Outro ponto que deve ser mencionado é a situação dos professores contratados pela categoria O, que são boa parte do professorado, e que na prática estão sem apoio institucional e nem possibilidade de resposta contra essa situação”.

“É um momento de incerteza, insegurança, não tem segurança nenhuma. Eles falam que a escola está preparada, mas eu sei que a escola não está preparada, os funcionários, professores, e alunos não estão preparados. É um retorno que não tem segurança nenhuma, eu vou muito insegura para escola, eu vou pela necessidade de precisar trabalhar, sustentar minha família e pagar minhas contas. E é uma pressão né, porque o O para o Estado não é nada, você vai, faz seu trabalho, cumpre metas, ou eles colocam outro no seu lugar. Então é assim que estou me sentindo, tem que ir, tenho que dar meu melhor, mas o Estado, João Doria estão me dando segurança? Segurança nenhuma! Perguntei até pro gestor, e seu eu morrer, eles vão suprir as necessidades da minha família? Ninguém me deu resposta nenhuma.”

Quanto perguntado sobre se as escolas têm estrutura para recepcionar os alunos com segurança, a resposta foi:

“Ah não. Nenhuma escola tem, é aquilo se tiver alguém com sintomas não tem uma sala apropriada para deixar. Esse negócio dele fazer esse retorno é complicado, eu nem consigo usar o face shield porque ataca minha labirintite, mas qual outra opção a gente tem? Muitos professores reclamam que eles ficam sufocadas., embaça, não enxerga, então não, não tem segurança. Então assim, estrututra não tem nenhuma, então no meu ponto de vista, eu também sendo do grupo de risco não acho legal voltar, eu to voltando porque fui obrigada, estou sem o atestado e não posso ficar sem salário, porque eu já fiquei sem esse mês, o referente a janeiro.”

 
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