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Manifestação de petroleiros contra a privatização da RLAM (BA): “vai ter luta”
Redação

A segunda maior refinaria do país, localizada na Bahia, foi vendida por Bolsonaro para um conglomerado árabe por metade de seu preço. Hoje, 1500 trabalhadores fecharam o trevo de acesso em protesto. É urgente uma luta nacional de todos os petroleiros, efetivos e terceirizados.

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Divulgação Sindipetro Bahia

Bolsonaro, Guedes e os ministros de transportes e minas e energias vêm em uma ofensiva privatista contra a Petrobrás. Estão sendo aplicados aumentos sistemáticos dos preços dos combustíveis para atrair compradores internacionais e, no início deste mês de fevereiro, foi anunciada a venda da RLAM (Refinaria Landulpho Alves, na Bahia) por metade de seu valor avaliado. A segunda maior refinaria do país e todo um complexo infraestrutural, que inclui 4 terminais e mais de 700km de dutos, irão na promoção para xeiques bilionários do Mubadala Capital, dos Emirados Árabes.

Na RLAM, trabalham hoje cerca de 900 efetivos e 1700 terceirizados. Trata-se de uma refinaria enorme e vital, operada por esses 2600 trabalhadores que sustentam a atividade do maior complexo industrial do Hemisfério Sul, o Polo Petroquímico de Camaçari (BA).

Para se aprofundar na composição dos preços e os interesses por trás disso leia este artigo.

Diante desse ataque brutal - que significa a entrega de setores estratégicos (lembremos do apagão no Amapá), o aumento do custo de vida e a perda de empregos e direitos para milhares de trabalhadores e suas famílias, em nome do lucro do capital estrangeiro e de setores do agronegócio - os trabalhadores da RLAM
realizaram, na manhã de hoje (11) uma manifestação no trevo que dá acesso à refinaria. Estiveram presentes 1500 trabalhadores da produção, administração e terceirizados, que interromperam em 4 horas o início do expediente.

Os trabalhadores mostram que há disposição para lutar em defesa da Petrobrás, contra os planos privatistas do Governo Bolsonaro, do capital imperialista, mas também de todo o regime político do golpe institucional, como o STF, que deu aval para que as privatizações ocorressem na surdina, sem licitação e necessidade de votação no Congresso.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT) anunciou a possibilidade de greve na Bahia, mas não se pronunciou sobre nenhuma ação em qualquer outra localidade do país, mesmo se tratando de um amplo ataque nacional, já com dezenas de terminais, refinarias e campos de petróleo postos à venda de norte a sul do Brasil. É urgente um movimento nacional de todos petroleiros.

Se uma vitória na luta da RLAM tornaria muito menos difícil a luta em todo restante do país, o contrário também é verdadeiro. A importância deste ataque à Petrobras e aos petroleiros é ainda maior do que o ataque da FAFEN-PR. Trata-se da mais antiga e da segunda maior refinaria do país, e para realizar este crime a direção anti-operária da Petrobras já conta de antemão com o apoio do judiciário e de peças cruciais de todo o regime.

É preciso garantir assembleias democráticas e resolutivas, e não localistas, em cada unidade petroleira. Assembleias que abordem problemas locais, mas que garantam que seja pautado também a situação da categoria em todo o país, e a urgente construção de um movimento nacional que unifique todas as bases e as duas federações petroleiras. Coordenando os trabalhadores desde cada unidade de produção, transporte e administrativo, com uma coordenação de representantes de cada unidade e de todos sindicatos e federações, é possível impor uma luta séria, uma luta que impeça a privatização e lute pela manutenção dos empregos, pela efetivação de todos os terceirizados no sistema sem necessidade de concurso, e que exija das centrais sindicais sérias medidas para coordenar todos os setores em luta e que abandonem sua trégua com o governo Bolsonaro, colocando, lado a lado nas ruas os petroleiros da RLAM e da “vizinha” Ford de Camaçari, bem como cada categoria ameaçada pelos governos e patrões.

 
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