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CAMPINAS
Assessor de Jonas Donizette é preso por ligação com facção criminosa de SP
Redação Campinas e região
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Na manhã desta terça-feira, 1, promotores do Ministério Público e policiais militares cercaram a prefeitura de Campinas em operação para prender lideranças da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), dentre os presos, estava, Xandão (PSB), assessor ligado ao gabinete do prefeito Jonas Donizette (PSB).

Foram presas dez pessoas em Campinas, Americana, Hortolândia, Sumaré, Ubatuba e Presidente Epitácio. O Ministério Público, desde o primeiro semestre deste ano, investiga tentativas do PCC de financiar políticos da região, ou seja, de “investir” dinheiro do tráfico de drogas em campanhas eleitorais de partidos burgueses, podendo assim eleger vereadores, prefeitos, deputados, direta ou indiretamente comprometidos com os interesses financeiros da facção.

Entre os presos suspeitos de manter ligação com a facção criminosa está o funcionário comissionado da Prefeitura de Campinas, Alexandre Corá Francisco, conhecido como Xandão. Ele trabalhava vinculado ao gabinete do prefeito, inclusive representando a prefeitura em alguns eventos, pois era assessor da secrataria de relações institucionais da prefeitura, ou seja, era responsável pela “articulação” entre a prefeitura e demandas das periferias da cidade. Xandão estava nomeado desde o dia 10 de janeiro de 2013 neste trabalho e recebia salário de R$ 7 mil.

O promotor do caso, Silveira Filho disse à imprensa da cidade, que a prisão do servidor de Campinas não tem nenhuma relação com o prefeito Jonas Donizette (PSB). "É muito importante deixar claro que não há qualquer indicativo de envolvimento do prefeito. Se houvesse, a investigação já estaria na Procuradoria-Geral de Justiça", afirmou.

Segundo o secretário de relações institucionais da prefeitura, em entrevista a jornais de Campinas, Xandão é formado em gestão pública, teve relação com o transporte alternativo e foi candidato a vereador em Hortolândia pelo PTB em 2012 (não eleito). Ele, atualmente, está filiado ao PSB, mesmo partido do prefeito Jonas Donizette.

Repercussão política

Em nota oficial do Presidente da Câmara, Rafael Zimbaldi (PP), o tom adotado foi de “surpresa” diante da ação do Ministério Público. Com relação à repercussão junto aos vereadores governistas, da base de apoio a Jonas Donizette, as declarações, inclusive do próprio prefeito, foram no sentido de reforçar que o possível envolvimento do assessor com a facção criminosa PCC que atua em SP é pessoal e não tem relação com a administração pública.
As investigações do Ministério Público não terminaram, porém, por não serem independentes dos governos e da burguesia, apresentam limites, pois o que está em jogo é possível confirmação da ligação suja entre partidos da burguesia, que governam para os ricos, com o dinheiro do tráfico de drogas de uma grande facção de SP.

O fato, em Campinas, é que trata-se de uma grave denúncia que envolve um assessor com ligação direta com o gabinete do prefeito, e portanto, com livre acesso aos corredores da prefeitura. E este mesmo assessor, hoje preso, é filiado ao mesmo partido de Jonas, o PSB e está sendo acusado de forte envolvimento com alto escalão regional de facção criminosa, com a suspeita de ocupar cargo de gerência ou contabilidade do dinheiro proveniente do tráfico. Ou seja, é possível que campanhas eleitorais na cidade e na região de Campinas, inclusive a do próprio PSB, também tenham sido financiadas por dinheiro lavado do tráfico de drogas no estado de SP. E quem paga a banda escolhe a música.

 
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