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ELEIÇÕES NA CÂMARA
Lira fecha acordo com bloco de Baleia Rossi para cargos na Mesa Diretora da Câmara
Redação

Juntos no mesmo barco do golpismo e dos ataques contra os trabalhadores, o novo presidente da Câmara selou acordo com o grupo oposicionista para dividir os cargos na Mesa Diretora após ameaçar excluir os apoiadores de Baleia Rossi da divisão da maioria dos postos. No acordo, foi definido que nenhum partido iria apoiar candidatos avulsos.

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Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

Após a ameaça de judicialização e de obstrução da pauta, o novo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), recuou e selou um acordo com o bloco do candidato derrotado Baleia Rossi (MDB-SP) para a composição dos cargos da Mesa Diretora da Câmara a serem eleitos pelos deputados nesta quarta-feira, 3.

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O novo presidente da Câmara havia anunciado antes uma medida para anular o bloco de partidos que formaram apoio a Baleia Rossi (MDB) numa tentativa de inscrever sua disputa política contra o candidato apoiado por Maia. Na disputa interna da Câmara, a formação de blocos é uma estratégia para distribuição de cargos, com base no tamanho de cada grupo.

"Eu espero que esse fato que aconteceu tenha ajudado muito na discussão interna da casa para que os deputados entendam que nós trataremos democraticamente", disse Lira ao deixar a reunião que selou o acordo. “Isso será feito amanhã com muita tranquilidade", concluiu

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Com o entendimento, a principal mudança é em relação ao PT. Até ontem à tarde, o partido poderia ser responsável por cuidar do "caixa" da Câmara, na primeira-secretaria. Depois da eleição de Lira e sua decisão de anular a criação do bloco, a sigla poderia ter apenas a quarta-secretaria, pasta que cuida dos apartamentos funcionais e auxílio-moradia dos deputados. Agora, a legenda ficará com segunda-secretaria, responsável pela emissão dos passaportes diplomáticos. O candidato deve ser a deputada Marília Arraes (PT-PE).

Ainda no acordo, o PL ficou com a primeira vice-presidência, com o deputado Marcelo Ramos (PL-AM). O PSL será responsável pela primeira-secretária, com o presidente do partido Luciano Bivar (PE), segundo o líder do partido, Felipe Franscischini (PR). O PSD terá a segunda-vice que deve ser ocupada por André de Paula (PE)

A terceira-secretaria ainda é disputada por PSB e PSDB que precisam definir isso nas próximas horas já que o horário limite para se fazer isso é às 20h. Republicanos terá a quarta-secretaria e PDT, PSB ou PSDB, PSC e DEM terão uma suplência cada.

O acordo demonstra que, na disputa entre dois grandes representantes do latifúndio brasileiro, toda rivalidade permanece apenas na aparência. No fim, todos se abraçam na hora de dividir os cargos pois o objetivo é um só: descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora. Nesse cenário de comunhão entre golpistas, o PT, em troca da ridícula função de emitir passaportes diplomáticos, sacrifica uma saída independente dos trabalhadores contra o regime de conjunto para prestar seu apoio a um conchavo entre as duas figuras que continuarão participando ativamente dos ataques em forma de reformas e privatizações que estão por vir.

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Com informações da Agência Estado

 
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