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AMAZONAS
AM: Trabalhadoras da saúde relatam medo dos pacientes de COVID que veem o caos na saúde
Redação
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Dor, medo de ver todos ao seu lado morrendo, e os pedidos para poder morrer ao lado de suas famílias. São algumas das consequências do descaso dos governos no estado do Amazonas, relatadas por trabalhadoras da saúde que trabalham em meio ao caos da irracionalidade capitalista.

O noticiário das últimas semanas retratou as cenas que demonstraram o nível da irracionalidade capitalista no combate à pandemia, com empresários escondendo oxigênio em meio a um colapso do sistema de saúde do Amazonas e da falta de cilindros do insumo, e famílias fazendo fila e se aglomerando em distribuidoras privadas de oxigênio, buscando uma forma de salvar suas famílias.

Do lado de dentro dos hospitais, as trabalhadoras e trabalhadores da saúde, que se viram nos 30 diariamente para fazer o possível frente ao descaso de Bolsonaro e dos governadores e prefeitos com a situação dos hospitais do país, relataram a dor e o medo dos pacientes de Covid-19 em meio a este colapso.

— Ele ficou alucinado vendo tantas coisas. Em questão de horas, algumas pessoas morreram perto dele, e ele ficou com medo e fugiu. Quando chegou em casa, a família tentou internar ele de volta. Ele está com Covid-19 e estava nas alas destinadas a pacientes com a doença. É horrível. Ele não aguentou essa pressão

O relato é de Arlene Loureiro de Albuquerque, que atua no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), para o jornal O Globo. Segundo ela, o homem, que tem 46 anos, voltou a ser internado.

Outra trabalhadora, do Hospital 28 de Agosto, que pediu para não ter seu nome divulgado, contou sobre o paciente que, com a consciência de que provavelmente viria a falecer, pedia para ir para casa, para perto de seus familiares.

— Ele queria ir embora pra casa. Ele falava que ia fugir porque, se fosse pra morrer, que morresse em casa e não longe da família
Segundo ela, horas mais tarde, o paciente, que não tinha previsão de alta, já não estava mais na unidade.

O Governador Wilson Lima, do PSC, decretou um toque de recolher, como sua medida contra o avanço do vírus. Mas não toma medidas quanto à ausência de cilindros de oxigênio, que faz com que pacientes morram asfixiados, ou então fiquem contando os dias para chegar a sua vez de sentir a falta do oxigênio.

Os relatos das trabalhadoras da saúde mostram a dor de quem morre pelo descaso dos governantes e capitalistas, interessados apenas em seus lucros, e não com a vida da população pobre e trabalhadora.

 
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