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OXIGÊNIO PARA MANAUS
Em Manaus mulher relata falta de oxigênio em hospital: "Tanta gente morrendo por asfixia"
Redação

Relatos dramáticos de familiares de pacientes e trabalhadores da saúde em Manaus mostram o colapso do sistema de saúde no município com a escassez de oxigênio, segundo pesquisador da Fiocruz, "Há informações de que uma ala inteira de pacientes morreu sem ar".

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A crise sanitária que já atingia uma situação dramática em Manaus com a taxa de ocupação dos leitos beirando o colapso, com 90% na rede pública, 93% da rede privada e mais 58 pacientes na fila por um leito de UTI nos hospitais de referência (36 na capital e outros 22 no interior do estado), agora atingiu o colapso com a escassez de oxigênio.

Diversas pessoas tem relatado a falta de oxigênio no atendimento dos hospitais, como no depoimento abaixo em que a técnica em enfermagem aposentada Solange Batista relata a falta do gás no Hospital Universitário Getúlio Vargas:

O pesquisador Jesem Orellana da Fiocruz Amazônia em reportagem da Folha afirma que tem recebido vídeos, áudios e relatos telefônicos de pessoas que atuam na linha de frente de unidades de saúde relatando situações dramáticas.

"Estão relatando efusivamente que o oxigênio acabou em instituições como o Hospital Universitário Getúlio Vargas e serviços de pronto atendimento, como o SPA José de Jesus Lins de Albuquerque", afirma ele. "Há informações de que uma ala inteira de pacientes morreu sem ar", completa.

Uma profissional da saúde relatou, chorando, que os pacientes estão sendo "ambuzados", ou seja, recebendo oxigenação de forma manual, já que os respiradores estão sem oxigênio.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, foram 2.221 novas hospitalizações só nos 12 primeiros dias de janeiro - número maior do que o total de internações registradas em todo o mês de abril, primeiro pico da pandemia no Amazonas, quando 2.218 pessoas foram hospitalizadas.

Também houve recorde de sepultamentos em Manaus nos primeiros dias do ano, com média diária de 111 enterros, bem acima das médias registradas nos meses de abril (93 por dia) e maio (76 por dia) do 2020. Ontem, quarta-feira, foram 198 enterros.

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), seguindo a cartilha de vários outros políticos culpabiliza a própria população pela explosão de casos no início desse ano. Sendo que Manaus foi um dos estados que anteriormente já havia sofrido mais com a pandemia, e assim como no restante do país se recusou em adotar as medidas necessárias para combater o vírus, com testagem massiva da população, contratação de funcionários, ampliação das vagas de UTI, compra de oxigênio, todas ações que permitiriam o município se preparar para enfrentar uma provável segunda onda. Porém, mais uma vez são os trabalhadores os quais tem de pagar com suas vidas pela irresponsabilidade e descaso do Estado.

 
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