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SECUNDARISTAS
UMES, UBES e UPES: Á serviço do governo pelas costas da juventude
Jenifer Tristan
Estudante da UFABC
Ana Elisa - Estudante da escola ocupada E.E José Augusto de Azevedo Antunes
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Há três semanas está em curso um movimento que já conta com mais de 180 escolas ocupadas onde os estudantes secundaristas lutam e se levantam fortemente sobre o que o Governo do Geraldo Alckmin chama de “Reorganização Escolar”, plano esse que passa pelo fechamento de escolas e turnos, demissão de professores, superlotação das salas de aula e consequentemente precarização ainda maior do ensino.

Frente a força das mobilizações em algumas escolas os governos retrocederam, mas a luta é por mais, com as escolas ocupadas os secundaristas vêm dando aula de luta em defesa de seus direitos, dos quais legitimamente as “escolas de luta” crescem em numero a cada dia.

A UBES, UMES e UPES irmãs da UNE (União Nacional dos Estudantes) tem negociado com o governo em nome do movimento, o que tem gerado um problema para os estudantes das escolas ocupadas, por fora de uma discussão com as ocupações, por fora de um debate vivo e democrático a altura do que são as ocupações, esses que se dizem estar na luta contra a reorganização na verdade estão defendendo seus próprios interesses que são alheios aos da juventude.

UMES não fala em nosso nome! Viva a luta dos secundaristas independente dos governos!

A UMES, UBES e UPES tem negociado com o governo em nome do movimento estudantil há anos. Mas recentemente demonstrou para que servem e também preparam uma traição escandalosa de entregar as ocupações, dividindo o movimento para enfraquece-lo e ainda prolongar um ano para aplicar a reforma educacional que o governo tanto sonha. São entidades que atuam como braço do governo Federal para desgastar Alckmin e não para defender a educação, pois se quisessem mesmo defender a educação, a UBES em seu Congresso que se realizou em meio as ocupações teria nacionalizado este movimento, com ocupações em outros estados o que obrigatoriamente teria que não apenas denunciar Alckmin, mas também Dilma e o PT que cortaram milhões de reais da educação enquanto diziam de forma demagógica que queriam construir uma “Pátria Educadora”. Não é possível lutar em defesa da educação ao lado daqueles que cortam verbas e fecham escolas e turnos.

Por uma coordenação independente!

A UMES – Santo André soltou uma declaração nesta última quarta feira tentando livrar sua cara depois de ter ido negociar com o governo por cima dos estudantes ocupados. Nessa carta a UMES auto proclamatória e pedante, fala que está na luta “desde antes desses secundaristas nem haviam nascido em 1990. O que ignoram é que as manifestações de Junho de 2013 ocorrem sem nenhuma influência desta entidade, que na última reforma educacional em 1995 não cumpriram papel algum para defender a educação e que invés de seus longos anos de entidade demonstrarem exemplos de luta e organização demonstram um obstáculo que os secundaristas que “mal nasceram” já entendem e começam a se levantar contra. São estes jovens secundaristas, os novos de 14, 15 e 16 anos – não os “jovens de 25, 30” que vão as ocupações para querem tomar a frente do movimento – que querem seu direito de construir o futuro e colocaram de pé as ocupações.

A UMES fala que está na luta a muito tempo e que quando começou a lutar vários desses secundaristas nem haviam nascido em 1990, isso é verdade, mas é verdade também que mesmo com a pouca idade os estudantes sabem que só a luta, a força das ocupações e a mobilização é que pode por fim ao projeto de reorganização e não as negociações da UNE, todas as reintegrações não feitas, não são política da UNE e sim a força das ocupações e o apoio da população ás ocupações e a contrariedade frente a esse plano, onde estava a UNE quando em 2000 foi orquestrada uma reorganização escolar e nenhuma luta foi organizada?

É necessário eleger delegados das ocupações para uma coordenação entre as escolas, cada delegado deve ser eleito em sua escola, assim essa coordenação pode responder pelo movimento ou mesmo negociar parte de ser delegados eleitos e revogáveis que falam em nome do movimento e não de seus interesses e acordos com parlamentares burgueses que, cada vez mais atacam a juventude, os trabalhadores e os setores oprimidos.

Superar as burocracias estudantis e abrir caminho para as escolas de luta!

Essa luta tem mostrado que é possível controlar as escolas, organizando as refeições, aulas públicas, limpeza e comunicação dentro das ocupações. É claramente visível que essa juventude é capaz de organizar aquilo que quiserem inclusive o mundo, solidariedade, companheirismo, politização e muita luta é o que os secundas mostram em cada ocupação, questionam seus currículos escolares e o formato da escola. Cada escola de luta pode ser um embrião para conseguir reconstruir a escola, reformular o currículo transforma-la para que não sejam as escolas prisões, mas que possam ser mais o que estudantes tem feito nas ocupações: um espaço de construção junto aos professores, pais e comunidade, de questionamento e politização para que os estudantes sejam seres pensantes.

O estado veio quente e os governistas também, mas os secundas tão fervendo e não arregram de dar passos para a construção de seus futuros!

 
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