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VIOLÊNCIA POLICIAL
PM é promovida após atacar jornalista e ignorar testemunhas da morte de Emily e Rebeca
Redação

É a mesma porta-voz da PM que ignorou relatos de moradores e testemunhas que viram a morte de Emily e Rebeca para defender inocência dos policiais agora ataca jornalista. A tenente-coronel Gabryela Dantas fez um vídeo classificando como "mentira" a reportagem que revela o aumento do uso de munição no 15º Batalhão da PM, em Duque de Caxias. Após exonerada da comunicação da PM, ela vai comandar o 23º Batalhão da PM no Leblon.

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Gabryela Dantas enquanto era da comunicação da PM do Rio já mostrou que está a serviço de inocentar os policiais racistas que passaram de viatura no dia 4 atirando em direção ao grupo onde Emily de 4 e Rebeca de 7 anos estavam brincando e foram alvejadas na cabeça e no abdômen na comunidade Santo Antônio em Duque de Caxias, na baixada fluminense.

Além distorcer os fatos e encobrir as atrocidades que cometem contra a população pobre e negra ao ignorar que nenhum morador relatou qualquer troca de tiros ou perseguição ocorrendo no local, essa mesma tenente-coronel atacou o jornalista Rafael Soares, dos jornais O Globo e Extra.

O jornalista organizou uma reportagem que revela o escandaloso aumento do consumo de munição no 15º Batalhão da PM, em Duque de Caxias, o mesmo onde ficam os policiais investigados pelos homicídios das meninas. Houve um aumento de 75% no comparativo entre setembro e novembro, sendo que só nesse último mês a unidade descartou 6.238 cartuchos de fuzil, escancarando a sede de sangue dessa instituição racista.

Além de matar e reprimir nas ruas, a porta-voz da PM decidiu atacar também o exercício da imprensa "repudiando" e dizendo que o repórter agiu de “forma maldosa” e que se aproveitou “da comoção nacional para colocar a população contra a Polícia Militar”, ela diz que a matéria é mentira e covarde. Porém mentira e covardia são atributos da polícia que acoberta e mantem impunes policiais que assassinam ou atingem com "balas perdidas" sempre as mesmas pessoas nos mesmos lugares, nas periferias e favelas, no peito dos pobres, negras e covardemente crianças que brincam, dentro e fora de suas casas.

Após a repercussão do vídeo feito pela Gabryela, ela foi exonerada da comunicação da PM. Apesar disso, por ter cumprido bem o papel assassino da polícia, ter defendido a impunidade e atacado a imprensa por investigar o caso e o batalhão ela foi promovida. Com esses atributos deram à ela um papel de destaque para assumir o comando do 23º Batalhão da PM, localizado no Leblon. A informação foi divulgada na noite desta quarta (9) pelo no boletim da PM.

Vejo o trecho em que a PM ataca o repórter:

 
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