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TRABALHO PRECÁRIO
Call Center da LIQ atrasa salários e 13º, fazendo funcionários se endividarem
Redação

Funcionários da empresa de Call Center LIQ, antiga Contax, denunciam que, pelo segundo mês seguido a empresa atrasa salários, e agora também atrasa o 13º. Funcionários relatam em denúncia as condições de trabalho ultra precárias e de super exploração as quais estão sendo submetidos e submetidas.

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Foto: Eduardo Monteiro/Site Exame

A empresa de Call Center LIQ, antiga Contax,- está sendo denunciada por funcionários de forma anônima, por atrasos de salário e do pagamento do 13º dos operadores de telemarketing. Segundo os funcionários, o pagamento consta na folha como para ser efetuado no dia 1º. Foi anunciado pela empresa que os valores seriam depositados no quinto dia do mês, o que também não ocorreu, deixando operadores e operadoras revoltados.

“Nossas contas pagamos com juros, infelizmente a empresa não paga o salário atrasado com juros! Todo mês esse mesmo sofrimento, vergonha”. É o que diz um dos relatos, publicados no Instagram.

Operadores relatam tudo a que se submetem para garantir seus empregos em plena pandemia, e mesmo assim terminando o mês com salários atrasados. Da pressão por metas no atendimento por parte das chefias, até as cobranças para ir trabalhar mesmo doente.

“Somos sugados até a alma pra que tudo saia perfeito”, diz uma das mensagens, recebidas pela página @liq_dosmeussonhos, perfil dedica a dar voz a estes trabalhadores e suas denúncias.

“Já passei por tudo o que você imaginar a ponto de hoje fazer acompanhamento psiquiátrico (...) temos enorme responsabilidade com a empresa por 30 dias, se esforçar para não chegar atrasada(o), bater metas, não zerar monitoria, atendimento de qualidade, não ter erros operacionais, não faltar, não colocar atestado mesmo doente (...) somos sugados até a alma pra que tudo saia perfeito, e o mínimo que ela poderia fazer é pagar nosso salário direito”.

O caso da LIQ não é o primeiro de empresas de Call Center atacando e atrasando salários de funcionários, bem como os forçando a trabalhar em situações de risco, e infelizmente não será o último.

É preciso se enfrentar com as patronais, que querem que sejam os trabalhadores, mulheres, negros e jovens que paguem por essa crise. Nossas vidas valem mais que o lucro deles!

 
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