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ELEIÇÕES NA VENEZUELA
Participação escassa nas eleições parlamentares na Venezuela
Redação

Passando por vários centros de votação em Caracas e em outras cidades do país, bem como através de informes que chegam diretamente ao nosso diário, se observam centros de votação com poucas pessoas nas filas ou diretamente vazios.

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(Foto: Liceu Andrés Bello, no Centro de Caracas. Um dos principais locais de votação.)

O que se observa até este informe parcial é o que já era previsível de acordo com a maioria das sondagens prévias, mas que pode estar até mesmo abaixo da participação de 30% que indicavam as pesquisas, a julgar pelo que se viu até esta hora do dia. As mídias locais de diversas cidades também reportaram baixa presença de eleitores em lugares como Anzoátegui, Aragua, Portuguesa, Zulia, Trujillo, Bolívar, Falcón e muitos outros lugares.

Serão eleitos 277 deputados para a Assembleia Nacional, 144 por sistema proporcional (52%) e 133 por sistema nominal (48%). Estão abertas mais de 29 mil mesas de votação espalhadas por mais de 14.221 centros de votação em todo o país, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral.

Essa escassa participação marca uma grande diferença com outros processos de eleições parlamentares, como o de 2015, levando em conta que no próprio chavismo houve certa abstenção, levando a oposição a ganhar a Assembleia Nacional. A participação então foi consideravelmente maior do que neste 6 de dezembro.

Inclusive se se compara com as eleições presidenciais de 2018, impostas pelo governo após a fraude “Constituinte”, onde o ente eleitoral informou que houve uma participação de 40% do eleitorado, o comparecimento este ano pode ser menor. Esta é a tônica das eleições legislativas deste domingo na Venezuela.

Deve-se constatar que estas eleições se dão no marco de importantes elementos de forte pressão, coação e até chantagem para que as pessoas votem. O governo/PSUV pressiona fortemente para que as pessoas votem em todas as comunidades, na administração pública e empresas estatais, chantageando com os CLAP (cestas básicas) ou “benefícios” básicos como gás de cozinha.

Funcionários públicos ou de empresas estatais, por exemplo, são impelidos a informar dados exatos do local de votação e da hora, uma pressão que está sendo feita desde as primeiras horas da votação.

Nos arredores dos locais de votação, tem militantes do PSUV recolhendo dados do Carnet de la Patria, instrumento através do qual chegam os programas sociais e/ou "benefícios" outorgados pelo governo Maduro, e que se supõe que assim continuarão chegando. Deve-se recordar que o próprio Maduro chegou a declarar que daria prêmios as comunidades com maior votação, ou então Diosdado Cabello, que disse que quem não vota não come.

Como era de se esperar, nas mídias oficiais e afins, informam de presença, mas isso contrasta com a realidade que se observa em quase todas as cidades do país.

Frente a essa realidade, a alternativa que oferece o setor da oposição de direita que se referencia em Guaidó tem sido levantar uma pantomina de “consulta popular”. Além de ser uma tentativa de cobrir com “apoio popular” a continuidade da política ingerencista, de sanções imperialistas, mais isolamento etc. até mesmo do ponto de vista estritamente “eleitoral” é muitíssimo menos confiável, e nem sequer auditável, em relação a estas eleições manipuladas do governo de Maduro, estando totalmente sob o controle desta oposição, e ainda feita em um aplicativo que deve ser baixado em celulares ou computadores, com um processo de votação que dura vários dias.

 
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