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RACISMO
Em 8h de audiência, Sari Corte Real não foi interrogada. Nova audiência será marcada
Redação
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Foto: Reprodução/Gobo

6 meses após a morte do menino Miguel, de 5 anos, após Sari Corte Real o largar em um elevador, aconteceu ontem (3) a primeira audiência sobre o caso. Sari Corte Real não foi interrogada em nenhum momento das 8 horas de audiência, e nova data será marcada.

Sari Corte Real, esposa do prefeito de Tamandaré deixou Miguel sozinho enquanto cuidava de seu cachorro. Miguel estava com ela pois sua mãe, Mirtes Renata, havia sido obrigada a seguir trabalhado, como empregada doméstica, para a própria Sari Corte Real. Miguel caiu do 9º andar e morreu, após Corte Real ter colocado o garoto no elevador e apertado o 9º andar.

A defesa de Sari Corte Real justificou o fato de a acusada não ter ainda sido interrogada por haver testemunhas para serem escutadas. “Qualquer acusado sempre fala por último”, foi o que disse o advogado de defesa.

Segundo o advogado de Mirtes Renata, mãe de Miguel, a primeira audiência apresentou um “processo de infantilização da acusada e de adultização da vítima”.

Para o portal UOL ele disse que “ao tempo que se desenvolve uma narrativa que Sarí era uma pessoa incapaz de prever o mal que poderia provocar a uma criança ao abandoná-la sozinha no elevador, tenta-se criar ao redor da estrutura de Miguel, um garoto de cinco anos de idade, uma capacidade de autogestão e autodeterminação, fruto de uma estrutura de criança desobediente. Ou seja, se tenta transferir para ele uma responsabilidade que ele não tem. Isso me parece negar a uma criança um direito de ser criança e dar a ré uma isenção de responsabilidade que todo adulto tem”

Essa é apenas a primeira audiência do caso que expõe o absurdo nível de racismo que permeia nossa sociedade.

Familiares de Mirtes e ativistas realizaram ontem (3) uma manifestação em frente à audiência, exigindo justiça. Com cartazes dizendo “Vidas Negras Importam”, eles acompanharam a família ao longo do dia.

 
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