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RACISMO
"Todo Nego é Nego Vila": mais um negro brutalmente assassinado pela mão da polícia de SP
Redação

Mais uma vida ceifada pelo racismo no Estado de São Paulo. Dessa vez, foi o artista plástico NegoVila Madalena, que foi brutalmente assassinado por um policial na madrugada deste sábado (28). Em homenagem, grafiteiros e muralistas cobriram os muros do Beco do Batman de preto com frases contra a violência racista.

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Foto: reprodução Jovem Pam

Após tentar apartar uma discussão entre um sargento da policia militar e um amigo, Wellington Copido ou NegoVila Madalena, como era chamado por amigos e apreciadores dos seus murais, foi brutalmente assassinado a tiro pelo PM Ernest Decco Granaro, em frente a uma loja de bebidas na Vila Madalena (SP).

Segundo testemunhas, o policial agrediu NegoVila com um soco, deu um disparo para o alto, que não atingiu o artista, e quando Wellington estava deitado no chão, Ernest atirou em seu peito. As testemunhas também disseram que o PM iria atirar novamente, mas uma amiga de NegoVila entrou na frente para protegê-lo.

O sargento alegou que atirou em NegoVila em legítima defesa após ser cercado por pessoas que "tentavam tomar sua arma de fogo, tendo o indiciado disparado sua pistola a fim de repelir a injusta agressão que estava sofrendo". Porém, os depoimentos das testemunhas negaram essa versão. A polícia prendeu Ernest em flagrante e afirmou que o sargento tinha sinais de embriagues e tentou resistir a prisão.

Esse é mais um caso absurdo que envolve o cotidiano da juventude e dos trabalhadores negros no país. Mais um caso de assassinato racista no mês da consciência negra.

Artistas e amigos de NegoVila prestaram homenagens e atos de repúdio contra esse bárbaro assassinato a sangue frio pintando os murais do Beco do Batman de preto. Frases como "Todo Nego é Nego Vila", "Justiça", "Vidas negras importam" e "Nego vive" foram escritas nas paredes que antes eram conhecidas pelos coloridos grafites.

Esse caso escancara o racismo que segue matando negros no Brasil, como aconteceu com João Alberto, assassinado por seguranças do Carrefour, ou o caso de João Pedro, jovem assassinado dentro da sua casa pela polícia militar do Rio de Janeiro durante uma operação. Isso mostra o papel dessa instituição que só serve para jorrar sangue negro e pobre por onde passa.

Veja a declaração de Letícia Parks, que é parte do Quilombo Vermelho e foi candidata a vereadora pela Bancada Revolucionária em São Paulo:

Nós do Esquerda Diário, do Quilombo Vermelho e do MRT prestamos toda a nossa solidariedade à família e amigos de NegoVila e chamamos todos, negras, negros e brancos a lutarem contra o racismo e o capitalismo, que segue matando e tirando a vida de pessoas negras no Brasil. Façamos como os negros dos EUA, que estão na luta contra esse sistema racista de miséria.

Basta de mortes de negros pela mão da polícia! Façamos Palmares de novo!

 
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