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AUXÍLIO EMERGENCIAL
Governo Bolsonaro Robin Hood às avessas: tira dos pobres para dar aos ricos
Redação

Enquanto chegamos ao fim do auxílio emergencial, presidente do Banco Central anuncia que auxílio aos bancos vai ser permanente.

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Esta semana o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou que o programa de assistência aos bancos que foi estipulado durante a pandemia para estimular o fornecimento de crédito será permanente.

Campos Neto, que foi indicado por Bolsonaro mas já era muito próximo à Guedes, vem de uma família de tradição no campo do reacionarismo do nosso país. Seu avô, a quem deve o nome, esteve à frente do ministério do planejamento e coordenação econômica durante o governo do ditador Castello Branco (1964 – 1967).

O anúncio da manutenção do auxílio-banqueiro é bastante gráfico de como o governo Bolsonaro define suas prioridades. Esta mesma semana, no marco do crescente número de infecções no país que já caracteriza uma segunda onda da pandemia do Coronavírus, ao ser questionado sobre a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial, o presidente respondeu com mais um comentário insólito: “pergunta pro vírus”. O deboche do presidente a mais de 170 mil famílias que se encontram em luto e aos milhões de trabalhadores que não têm alternativa a não ser se exporem ao vírus cotidianamente, só pode nos gerar ódio e indignação.

Enquanto debocha dos de baixo, o governo repassa milhões em concessão aos banqueiros que supostamente seria para estimular o crédito, o que na prática significa dar mais possibilidade aos bancos de tirar muito mais dos mais pobres, já que estes valores quando retornam voltam com taxas de juros altíssimas. Ao tempo que a classe trabalhadora e os setores populares ficam no perde-perde – perde emprego, perde a possibilidade do auxílio-emergencial, perde seus entes queridos vítimas de uma pandemia que poderia ser muito menos letal do que tem sido por pura desídia dos governos – enquanto os banqueiros amigos do governo ficam no ganha-ganha – recebe dinheiro público que podem inclusive utilizar para outros fins que não o de crédito, ou seja, ganham; e ainda se utilizam como crédito, recebem retornos altíssimos com suas taxas de juros abusivas - .

Este governo já deixou bem claro que sua prioridade não é o povo trabalhador e pobre, e sim as empresas, os bancos e seus comparsas milicianos. Por esta razão inclusive vimos os bancos privados aumentarem seus lucros durante a pandemia, enquanto a cada semana vemos subir as taxas de desemprego. Inclusive os níveis de insegurança alimentar ameaçam subir devido à alta dos alimentos: vimos itens básicos da cesta básica familiar, como o arroz e a carne, dispararem os preços durante a pandemia.

Por isso temos que encarar o governo Bolsonaro como um inimigo a ser combatido. Esse combate precisa ser feito com total independência das empresas e dos partidos dos patrões. Precisamos confiar nas nossas próprias forças e construir uma ferramenta da classe trabalhadora e do povo pobre e oprimido para inverter as prioridades.

 
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