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Editora retira livro com CEO do Carrefour, "A empresa antirracista", de circulação
Redação

CEO da empresa culpada pelo assassinato brutal de João Alberto na última semana foi entrevistado pelo autor do livro. A editora suspendeu a distribuição do título após assassinato racista e as mobilizações em resposta.

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Foto: Reprodução

O livro intitulado "A empresa antirracista", lançado no último dia 9 de novembro, 10 dias antes do brutal assassinado de João Alberto por seguranças de uma loja do Carrefour em Porto Alegre, tem como objetivo falar das iniciativas de grandes empresas no combate ao racismo. O selo Ediouro suspendeu a distribuição do livro após grande repercussão do caso.

Noël Prioux, o CEO da rede de supermercados conta que "no Carrefour temos um forte propósito de cuidar e valorizar todas as pessoas, zelando pela boa qualidade das relações que mantemos com todos (...) Iniciamos nosso trabalho mais especificamente no ano de 2012, com a elaboração de uma Política de Valorização da Diversidade com o objetivo de disseminar a cultura do respeito a todas as pessoas e combater todo e qualquer tipo de discriminação. No mesmo ano, criamos uma Plataforma de Diversidade e Inclusão, que busca trabalhar com todos os públicos: colaboradores, clientes, fornecedores e sociedade civil, com o objetivo de impactar o negócio, a marca e a sociedade, por meio da promoção da igualdade de oportunidades e um ambiente de trabalho com respeito”.

A declaração Noël Prioux e o assassinato de João Alberto, nas vésperas do dia da Consciência Negra, é mais um dos tantos casos absurdos que ocorreram dentro das lojas do Carrefour, como o caso de Moisés Santos trabalhador de 53 anos em Recife (PE), que sofreu um ataque cardíaco, foi a óbito, e o mercado escandalosamente deixou seu corpo em meio à loja, coberto apenas por guarda-sóis, para não fecharem e continuarem lucrando e do caso do técnico Januário Santana, em uma unidade de Osasco, que foi espancado, acusado de estar tentando roubar seu próprio carro.

Esses casos são prova de que empresas como o Carrefour jamais poderão ser "empresas antirracista" e que nunca poderão estar ao lado da população contra o racismo, pois são essas mesmas empresas que vivem da super exploração de seus funcionários em jornadas exaustivas com salários baixos, utilizando do racismo para potencializar seus lucros em detrimento da vida seja de consumidores ou trabalhadores.

Veja também: “É hora de ampliar a resposta nas ruas ao assassinato de João Alberto”, diz Letícia Parks

 
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