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AUXÍLIO EMERGENCIAL
"Não haverá prorrogação do auxílio emergencial", anuncia Paulo Guedes
Redação

Em evento virtual na tarde de hoje (23), o Ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que a pandemia está “cedendo” e a economia “está voltando forte” e, por isso, não há justificativa para prorrogar o auxílio emergencial.

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Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Mesmo com o aumento do número de casos da COVID-19 no Brasil, níveis de desemprego históricos e uma crise econômica mundial que não promete cessar, o Ministro da Economia diz que é injustificável a prorrogação do auxílio emergencial que garantiu um mínimo sustento a milhares de famílias pobres do país.

Pode interessar: O desemprego recorde se mantém mesmo com uma tímida recuperação dos empregos no país.

Com a pandemia do Coronavírus, o desemprego chegou à cifra de 14%, o Brasil conquistou a 4° pior colocação em desemprego de longa duração no mundo, de acordo com a OCDE, golpeando mais profundamente as mulheres com 17% de desemprego.

Estudo da FGV aponta que, devido às mudanças estruturais no panorama de emprego e renda, o desemprego entre pretos e pardos deve aumentar no país, que tem a maior comunidade negra fora da África.

O IPEA apontou ainda que a retomada das vagas destruídas é lenta já que aumentou as horas trabalhadas por aqueles que se mantiveram nos empregos, assim como a exploração sobre aqueles que hoje sofrem com acúmulo de trabalho porque precisam cobrir aqueles que foram demitidos.

No ano passado, foram registradas na América Latina a cifra assustadora de 42,5 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, ou seja, que não sabem se terão aceso a próxima refeição. Durante a pandemia, 14 milhões de pessoas entraram nessa condição devido ás consequências da pandemia.

Guedes disse ainda que “nós estamos preparados para reagir a qualquer evidência empírica”, ou seja, caso tenham evidencias concretas de uma segunda onda da pandemia, a prorrogação do auxílio seria certo. Porém, como os dados anteriores apontam, as consequências da pandemia ainda são sentidas e continuarão por muito tempo, já que frente a retração da economia e a crise internacional, não há perspectivas para uma retomada econômica como cinicamente Guedes quer convencer.

Guedes sabe de tudo isso, mas prefere garantir o pagamento da dívida pública, mantendo seus compromissos com os especuladores internacionais que saqueiam o país e as suas riquezas com suor dos trabalhadores, como fica evidente na fala do Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, sobre o auxílio emergencial e seu impacto financeiro: “O espaço fiscal no teto [de gastos] não existe, é muito pequeno, exíguo para se fazer gastos adicionais. Se o teto for mantido como está, precisaria de compensação em outros gastos. E os gastos discricionários já estão num limite muito baixo”.

Os trabalhadores e o povo pobre não têm nada a esperar desse governo golpista que, em plena pandemia, deu aos bancos uma ajuda financeira que poderia pagar renda mínima para 2 milhões de pessoas, como denunciamos aqui, ou que resgatou financeiramente empresas como a Latam que mesmo assim jogou na rua milhares de trabalhadores na mesma época.

Pode interessar: O avanço do desemprego e da precarização no Brasil em crise (https://www.esquerdadiario.com.br/O-avanco-do-desemprego-e-da-precarizacao-no-Brasil-em-crise)

 
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