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Após recorde de desmatamento, Bolsonaro diz no G20 que sofre “ataques injustificados”
Redação

Bolsonaro ressalta que Brasil dedica uma pequena área do território para agricultura e que tem grande área de vegetação ainda preservada. Porém, especialistas dizem que exemplos citados pelo presidente não credenciam o país como exemplo de preservação.

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Após reunião de cúpula realizada no domingo (22), o G20 diz que o meio ambiente é um grande desafio atualmente: "Lidar com as mudanças climáticas está entre os desafios mais urgentes do nosso tempo." No que se refere o Brasil, Bolsonaro afirma após declaração do G20 que "continuará protegendo" a Amazônia, o Pantanal e entre outros biomas do país, omitindo o aumento do desmatamento da Amazônia e queimadas que ocorreram no Pantanal ao longo do ano.

Visto que a política ambiental do governo Bolsonaro é um desastre em relação ao aumento progressivo de desmatamento e queimadas, tal situação gera pressões internacionais e ameaças de países de boicotar produtos brasileiros. De acordo com o engenheiro florestal Tasso Azevedo, coordenador da ONG Mapbiomas, estima-se que o Brasil tem 67% do seu território com vegetação nativa, tendo um terço já desmatado, resultando no total de 45%, 50%.

Bolsonaro afirmou que o Brasil tem “a matriz energética mais limpa entre os países integrantes do G20” e responde hoje “por menos de 3% da emissão de carbono”, apesar de ser “uma das 10 maiores economias do mundo”. Entretanto, Tasso Azevedo aponta que isso é um fato, mas não credencia o Brasil como um bom exemplo, pois a comparação da emissão média per capita do Brasil é maior que a do mundo. “O que importa é a emissão per capita – a emissão per capita do Brasil é maior do que a do mundo. A gente ajuda a piorar a média do mundo, não o contrário”.

Destorcendo a afirmação de Bolsonaro sobre a revolução agrícola no Brasil na qual afirma ter sido utilizado apenas 8% de terra, o professor Raoni Rajão afirma que: "De fato, por volta de 8% a 10% do território nacional é voltado para culturas agrícolas, soja, milho, e etc. Mas você precisa somar mais uns 20% das áreas voltadas para a pecuária. Então falar que foi 8% que deu independência alimentar para o Brasil é errado. E os outros 20% da pecuária?"

Além disso, Bolsonaro, não diferente do posicionamento de Mourão, que disse não existir racismo no Brasil, soltou uma nota nas redes sociais nesta sexta-feira (20), dizendo que “todos tem a mesma cor”, minimizando o racismo no dia da consciência negra e ignorando a realidade cruel e discriminatória existente no país.

 
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