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PANDEMIA COVID-19
Com UTIs lotadas em Curitiba, cirurgias eletivas são suspensas
Juliane Santos
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

A Secretária da Saúde, Márcia Huçulak, alegou que houve um agravamento da situação dos hospitais devido a Covid-19.

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Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

A secretaria municipal de Saúde anunciou hoje (17) que todas as cirurgias que não se enquadram em casos de urgência serão suspensas.

O anúncio ocorreu por conta da ocupação de 100% dos leitos de UTI em pelo menos cinco hospitais: Hospital Evangélico Mackenzie, Hospital do Idoso, Hospital do Trabalhador, Hospital Marcelino Champagnat. O Hospital das Clínicas possui
96% dos leitos ocupados.

A secretária de saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, alegou que a situação se agravou na cidade devido a pandemia da Covid-19, e que seria preciso reservar vagas para tratar os pacientes contaminados.

Não só em Curitiba como em várias cidades do país, não houve por parte dos governos uma política que buscasse lutar contra a Covid-19 seriamente, a começar pelo presidente Bolsonaro que em uma linha negacionista defendia a existência de uma "gripezinha", mas também de governadores e prefeitos que priorizaram o lucro dos patrões com a abertura do comércio em detrimento da segurança de milhões de trabalhadores.

É necessário, em primeiro lugar, lutar por um SUS 100% estatal, que esteja sob controle dos trabalhadores, os que são os mais afetados pela crise sanitária e os únicos que podem lutar de forma cabal contra ela, com EPIs e testes para toda a demanda, que são outros elementos básicos que faltaram em muitos hospitais pelo Brasil, assim como as liberações dos grupos de risco.

Em uma pandemia que se alastra pelo mundo, no qual os governos não fornecem hospitais suficientes, e nem fazem uma reconversão das indústrias para produção dos equipamentos necessários para enfrentar a pandemia, como por exemplo a fabricação de respiradores, vê-se que a única saída é a unidade de todos os trabalhadores, profissionais da saúde, e todos os setores oprimidos, mostrando pela via da mobilização que não aceitamos que mais trabalhadores morram.

A luta pela revogação de todas as Reformas que despejam nas nossas costas nesse momento de crise, e pelo direito de que nenhum trabalhador seja demitido nesse momento, assim como pelo direito a quarentena remunerada a todos os trabalhadores que não pertencerem aos serviços essenciais, são pautas que terão que ser arrancadas por meio da luta e auto-organização dos trabalhadores.

 
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