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DOSSIÊ 20 DE NOVEMBRO
Direitos roubados. Que fazer pelo fim das opressões?
Redação
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Vivemos em tempos de crise e não restam dúvidas sobre a intenção da burguesia de empurrá-la para os trabalhadores e juventude pobre. No entanto, cresce diariamente o nível de politização geral, evidenciando, assim, que não há mais a passividade de outrora. É perceptível a busca por uma saída frente aos ataques dos governos e dos patrões. Também é sabido que os setores mais atingidos em momentos como os de hoje são os mais precarizados da sociedade, ou seja, os negros, as mulheres e os LGBTs.

Torna-se fundamental traçar uma estratégia de combate efetivo ao racismo, machismo e LGBTfobia. Mas qual? Será que nos resta buscar uma saída individual ou nos organizarmos para romper com nossas amarras coletivamente?.

Analisando historicamente a busca pelos diretos dos oprimidos, nos deparamos com um empasse: Após a segunda guerra mundial, houve um período de ascensão da burguesia que culminou em um mito chamado fim da história. Tentando por fim a ideia de Marx, que dizia "A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes". Esta ideologia foi propagada de modo a enganar grande parte dos setores que sofrem cotidianamente com suas opressões, pois os levou a acreditar que não há mais luta de classes e que o capitalismo é o máximo a se almejar, portanto não há saída que não a individual.

A falácia ideológica é sustentada por vias materiais. São aplicadas políticas de bem estar social feitas pelos governos burgueses, mas que não podem ser eternamente sustentadas. A prova é que nos dias de hoje vivemos escândalos capazes de alardear a todos. A ideia de gradualismo, ou seja, crescimento popular paulatino - propagada amplamente no governo Lula, por exemplo - cai por terra. Em tempos de crise econômica, deixam de existir medidas assistencialistas e os ataques se tornam mais evidentes.

Retomando novamente a história, vê-se as demandas exigidas pelos negros, mulheres e LGBTs sendo, em sua maioria, negadas. Principalmente nos países sob julgo imperialista. Deste modo é possível garantir o lucro dos governos burgueses. E as pequenas conquistas dos períodos de falsa democratização são retiras em períodos de crise. Como por exemplo, a tentativa do governo espanhol de retirar o direito ao abordo das mulheres do país no ano de 2014.

Recentemente, milhares de mulheres foram às ruas contra a PL5069, porque se viram brutalmente atacadas pelo Cunha e o governo PT. O aborto mata as pobres que abortam clandestinamente por falta de opção. Lésbicas e bissexuais são vítimas de estupros corretivos. O feminicídio no Brasil tem taxas altíssimas, e o cenário agrava-se ainda mais quando se trata do assassinato das mulheres transsexuais. Em nada está se avançando pelos direitos das mulheres e LGBTs, justamente porque, entre outros acordos, são feitas alianças com os fundamentalistas da bancada evangélica.

A vida dos negros também é rifada com medidas como a redução da maioridade penal, o aumento das penas e o altíssimo policiamento. Polícia esta que está a serviço do Estado tendo como objetivo a contenção social e criminalizar os pobres. Aqueles que sobrevivem estão entregues ou ao desemprego ou ao trabalho terceirizado. Sem acesso a educação ou saúde de qualidade.

Em escala internacional vemos que conservadores perseguiam homossexuais e os espancavam em praça pública na Ucrânia. Refugiados do Haiti e Norte da África sendo mortos pelas políticas xenofóbicas. Negros sendo mortos por policias em Baltimore e Ferguson. Violências cotidianas e naturalizadas pelo Estado e grande mídia.

Diversos exemplos mostram que a vida dos que compõe os setores oprimidos de nada vale no capitalismo, a não ser para servir de mão de obra barata e explorada. O racismo, o machismo e a LGBTfobia são impulsionados no capitalismo pela ideologia hegemônica de modo a justificar as violências e injustiças a que tais pessoas são submetidas. É importante ter medidas de autoafirmação capazes de propagar a cultura e fomentar a construção da identidade, constantemente negadas e apagadas, e assim resistir. Mas resistir não basta. É fundamental que lutemos pelo fim das estruturas criadas pela classe dominante buscando assim a real autonomia e emancipação.

 
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