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SOS AMAPÁ
Após apagão no Amapá, parlamentares hipocritamente se dizem contra privatização da Eletrobrás
Redação

O apagão que atingiu o Amapá está deixando a população numa situação de calamidade e gerou uma reação no Congresso Nacional diante do projeto de privatização da Eletrobrás e de outras empresas do setor elétrico. O Planalto discutia uma estratégia para encaminhar a votação pelo Senado. Mas, com essa situação caótica promovida por uma empresa privada questiona o projeto privatista de Bolsonaro e Guedes e faz com que os parlamentares se preocupem com seus posicionamentos diante da população indignada e cobrem uma fiscalização maior das empresas de geração e distribuição de energia para evitar novos desastres, como se não fossem eles mesmos os mais entusiastas dos planos de privatizações.

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A subestação danificada é operada pela concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia. Essa concessão pertencia à espanhola Isolux, que entrou em recuperação judicial, e hoje se chama Gemini Energy. A Gemini Energy detém 85,04% de participação na linha, e 14,96% são da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

Em crítica às privatizações, parlamentares usaram o episódio para dizer que a entrada da iniciativa privada no setor não resolve problemas. Ironicamente, estes são os mesmos parlamentares que sempre se colocam a favor das privatizações de todos os governo, que hoje se aprofundam com os planos de Bolsonaro e Paulo Guedes.

A Eletrobrás não tem relação direta com o incidente que deixou os amapaenses no escuro. Mas, diante da situação de calamidade pública, o governo federal deu aval para a Eletronorte, subsidiária da estatal, atuar para o restabelecimento do serviço.

A Aneel afirmou que o órgão vai apurar com “todo o rigor” a responsabilidade dos envolvidos no episódio que deixou a maioria das cidades do Amapá sem energia elétrica. O governo espera uma sinalização do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sobre os próximos passos do projeto da Eletrobrás. No início desta semana, o parlamentar defendeu a cassação da empresa que opera a linha de transmissão no Estado e pediu que a Eletronorte assuma o serviço.

Se agora hipocritamente os parlamentares se colocam contra a privatização da Eletrobrás, antes foram entusiastas da mesma. O motivo para a corrida pela privatização, que é parte do projeto de país do golpe de Paulo Guedes e Bolsonaro, não é a qualidade do serviço oferecido, mas sim os baixos lucros gerados pela estatal. A Eletrobras teve lucro líquido de R$ 96 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 87% na comparação com os R$ 716 milhões apurados no mesmo intervalo de 2019.

Os planos de privatização visam apenas vender o país ao capital privado para gerar mais lucros para poucos capitalistas. Eles nada fazem para resolver de fato a calamitosa situação do Amapá, há 10 dias sem energia elétrica em 13 dos 16 municípios do estado, situação que é consequência direta da privatização. No sentido oposto das necessidades da população, a atuação dos governos é de mandar a polícia para reprimir aqueles que se indignam com essa odiosa situação.

Os parlamentares tentam se distanciar desse projeto de país do golpe que quer privatizar tudo agora que o apagão no Amapá coloca a política de privatizações em xeque. Mas a realidade é que todos atuam junto ao governo para garantir a sede de lucro dos empresários, e não os direitos e necessidades da população, que hoje está morrendo em cidades que estão no escuro há 10 dias em pleno século XXI.

Com informações da Agência Estado.

 
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