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CAMPUS VIRTUAL DE ESQUERDA DIÁRIO
O Grupo de Estudos Nordeste realizará 2 encontros no bicentenário do nascimento de Engels
Gonzalo Adrian Rojas
Shimenny Wanderley
Campina Grande

O Grupo de Estudos do Nordeste do Campus Virtual do Esquerda Diário, neste mês de novembro, está com uma programação especial em homenagem ao bicentenário de Friedrich Engels. Serão realizados dois encontros retomando o seu legado teórico e político.

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Imagem: Esquerda Diário

O Estado não é mais do que uma máquina para a opressão de uma classe por outra, e isso vale para a república democrática não menos que para a monarquia; na melhor das hipóteses, ele é um mal que o proletariado vitorioso herda na luta pelo domínio de classe e cujos piores aspectos o proletariado, assim como a Comuna, não pode evitar eliminar o mais prontamente possível, até que uma nova geração, crescida em condições sociais novas e livres, seja capaz de remover de si todo este entulho estatal.

(Friedrich Engels, 1891. Vigésimo aniversário da Comuna de Paris).

O primeiro encontro será nesta sexta-feira, 13 de novembro, ás 17 h, tendo como tema: "Engels e os marxistas revolucionários frente as eleições", o segundo encontro será na sexta –feira, 27 de novembro, também às 17 h, focando no legado teórico e político de Engels e suas lições estratégicas para o presente.

Os encontros sob a coordenação de Gonzalo Rojas e Shimenny Wanderley acontecem via Google meet, e indicamos aos interessados entrar em contato pelo: [email protected] . Recomendamos ainda acessar o conjunto de cursos e debates que temos disponíveis no campus virtual do Esquerda Diário

Destacamos a importância do criador do socialismo científico junto com Karl Marx, nascido em 28 de novembro de 1820 em Bremen (Renânia), mas é real que existe nas correntes reformistas e contrarrevolucionárias, na tradição socialdemocrata e stalinista um marcado antiengelsiano. Censurado pelos primeiros para que apareça como um pacifista funcional à estratégia reformista amante da legalidade, assim como pelos stalinistas que compram a mesma versão kautskiana de Engels.

Sem entrar na grandiosidade do conjunto de sua obra, da qual mencionaremos só com uns poucos exemplos: A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845), As guerras camponesas na Alemanha (1850), Dialética da natureza (1872), Sobre a questão da moradia (1873), Anti-Duhring (1878), Para a crítica do projeto de programa da socialdemocrata (1891) ou A origem da família, a propriedade privada e o Estado (1885), destacaremos sete aspectos relevantes, entre muitos outros possíveis:

1) Foi Engels quem fez os rascunhos do Manifesto do Partido Comunista em seu Princípios do Comunismo (1847) que foi a base do manifesto;

2) Foi Engels quem apresentou os economistas políticos ingleses a Karl Marx que eram, até então, desconhecidos na Alemanha. Escreve um esboço de uma crítica da economia política publicada em 1844;

3) Sempre preocupado pela análise das questões militares no marco de uma estratégia revolucionária, estuda a Guerra de Secessão nos Estados Unidos e o militarismo prussiano, mas com uma posição política clara nunca militarista, seu apelido era “O General”;

4) Fundador junto com Marx da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), a Primeira Internacional, de onde critica de forma contundente as diferentes variantes do socialismo utópico, incluindo o anarquismo;

5) A importância que Engels dava a teoria revolucionária como destaca Valdimir Ilitch Lenin no livro Que fazer?;

6) Analisa a derrota da Comuna de Paris e tira duas conclusões centrais para o marxismo revolucionário: 1) A comuna de Paris mostra que é impossível o proletariado ocupar o Estado burguês e colocar a seu serviço, por isso é preciso destruí-o, e 2) a necessidade do partido revolucionário como fundamental;

7) Depois da morte de Marx é quem organiza os volumes II e III de O Capital.
O grande teórico do marxismo revolucionário, lutador do proletariado e que adorava o vinho francês, falece de câncer de esôfago em 05 de agosto de 1895.

No primeiro encontro do grupo de estudos, "Engels e os marxistas revolucionários frente as eleições", é um debate muito relevante e muitas vezes deliberadamente mal interpretado ou incompreendido no marxismo, focaremos no que é conhecido como seu testamento político: a Introdução a Luta de Classes na França de Marx de 1895. Onde apresenta em que sentido as eleições podem ser usadas pelos revolucionários sem renunciar o proletariado ao direito sagrado da insurreição, nas suas próprias palavras.

Realizar esta discussão 48 horas antes das eleições só acrescenta sua importância. Como bibliografia completamos o tema com um texto de Shimenny Wanderleysobre o significado do parlamentarismo revolucionário como tática subordinada a uma estratégia revolucionária, definindo, e apresentando seu percurso histórico até o papel hoje na Argentina com o Partido de los Trabajadores Socialistas (PTS) – organização irmã do Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT) - integrante da Frente de Izquierda y de los Trabajadores – Unidad (FIT-U)

No segundo encontro do Grupo de Estudos sobre este tema, que acontecerá na sexta -feira 27 de novembro também 17 h, nos centraremos, como já mencionamos, no legado teórico e político de Engels e as lições estratégicas que podemos tirar para o presente.

No bicentenário do nascimento de Engels fazemos um convite a revisitar seu legado justamente para tirar lições estratégicas para uma melhor intervenção na luta de classes no marco do aprofundamento da crise orgânica do capitalismo mundial.

 
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