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Bolsonaro diz ter os "melhores ministros da história" que seguirão atacando os trabalhadores
Redação

Em evento no nordeste, Bolsonaro exaltou os ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura e citou que seus ministros são os melhores da história em 30 anos. Esse time de ministro são bons em atacar mais os direitos dos trabalhadores e garantir que lucros para os capitalistas.

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Em evento na cidade de Imperatriz (MA), Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma fala elogiosa aos ministros Rogério Marinho e Tarcísio de Freitas, ambos do setor do governo que defendem gastos com obras públicas.

"Tenho comigo excelentes ministros. (...). Nós temos os melhores ministros da história do Brasil. Ninguém nunca viu alguém, um nome melhor do que Tarcísio nos últimos 30 anos", disse o presidente. Sobre Marinho, Bolsonaro também foi só elogios. "É um homem que vive pelo Brasil todo, mas em especial no Nordeste. (...) Onde mais necessitam de obras, ele (Marinho) está presente".

O que Bolsonaro ignorou é que os mesmos possuem rusgas com outro de seus ministros, um dos pilares da base bolsonarista no governo, Paulo Guedes. O ministro da economia de Bolsonaro que tenta implementar inúmeros ataques de austeridade não está de acordo com o comportamento dos ministros Marinho e Freitas, que vão contra a orientação de estancar o investimento público. Na quinta-feira (29) em comissão mista do congresso, Paulo Guedes lançou farpas ao declarar que a Febraban está financiando um programa de estudo para "ministro gastador", para ver se conseguem furar o teto de gastos. Uma fala dirigida a Febraban assim como os ministros que pensam em gastar com obras públicas como Marinho e Freitas.

Marinho e Guedes ainda possuem um agravante no atrito, quando Marinho defendeu flexibilização do teto para aprovação do renda cidadã, enquanto Guedes criticou Marinho de forma irritada, chamando-o de "despreparado, além de desleal e fura teto".

Diversos outros escândalos foram escancarados, principalmente após a divulgação da reunião ministerial do dia 22 de Abril, onde se viu várias falas absurdas, desde Salles declarando abertamente querer “passar a boiada”, para a flexibilização do desmatamento no Brasil, até Damares que defendeu que se prendessem governadores e prefeitos. Tudo isso, sob, cada vez mais, forte tutela dos militares, que possuem claro controle do governo (vide a condução da própria reunião de 22 de abril), com posições estratégicas dentro do governo, com a vice presidência de Mourão, a casa civil com Braga Netto, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) com Augusto Heleno, além de vários ministros e secretários de alta patente nas forças armadas, incluindo o General Eduardo Pazuello, que se tornou ministro da saúde sem a mínima qualificação na área, demonstrando que a influência militar está acima até mesmo da suposta competência para assumir o cargo, naquele que seria o “governo técnico” de Bolsonaro. O ministério da saúde, em si, já é uma grande fonte de atrapalhação do governo Bolsonaro que já teve 4 ministros, sendo 3 apenas em 2020 durante a pandemia.

Todo esse quadro demonstra a instabilidade e a volatilidade dos ministros de Bolsonaro, que longe de serem melhores em alguma coisa, estão colocados apenas para aplicar os ataques demandados pelos capitalistas, tudo sob controle rígido dos militares. Ainda assim, muitos ministros ainda não sobrevivem às intempéries de Bolsonaro, que troca de ministros o tempo todo.

 
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