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ESCOLARIZAÇÃO E RENDA
Ensino remoto: a geração em idade escolar tende a ser mais desigual e ter menores salários
Redação

A desigualdade educacional agravada durante a pandemia tende a se manifestar de forma mais aguda no futuro da geração que está em idade escolar.

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Foto: Olhar Direto

A desigualdade educacional geralmente tem continuidade pela desigualdade de renda. Segundo a Folha de São Paulo, há uma média de 15% de aumento no salário e 8% de aumento na chance de conseguir um emprego a cada ano de estudo de um brasileiro. Para a geração de jovens que estão em idade escolar durante a pandemia, portanto, a previsão é de que se aumente a disparidade de renda, com maior ocorrência de menores salários, dado que o ensino remoto não se deu em algumas regiões do país, ou mesmo não foi possível para estudantes de famílias pobres.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) com relação ao período da pandemia, mostram a desigualdade em curso.

Imagem: Folha de São Paulo

Estudantes das classes econômicas A e B (segundo os critérios do IBGE), estudaram mais durante a pandemia do que em períodos anteriores. Nas regiões sul, sudeste e centroeste, os índices de estudantes que não receberam tarefas escolares para fazer de modo remoto foram menores que no norte e nordeste. No Pará o número é de aproximadamente 62% dos jovens entre 16 e 17 anos. Na Bahia, 45%. Dados discrepantes dos índices de Santa Catarina, 3%, e Paraná, 2%.

Esses dados não consideram as desigualdades inter-regionais, tampouco levam em conta o desempenho dos estudantes para realizar as tarefas, quando recebidas. Demonstram, de forma geral, a desigualdade estrutural do sistema escolar nos estados, indicando provavelmente que, onde a quantidade de jovens sem receber tarefas escolares foi maior, isso se deu por falta de estrutura das escolas e das famílias, como a falta de internet e computadores.

Os dados poderiam, ainda, expressar uma decisão de escolas e governos em não aderir ao ensino remoto e nem promover atividades presenciais, mas, devido à agenda internacional para a educação, que seguiu a orientação de aulas à distância, essa situação deve ser menor. Informações sobre o desempenho dos estudantes no modo remoto podem, ainda, aprofundar as conclusões acerca das desigualdades, pois o ensino à distância não encontra dificuldades apenas na falta de estrutura, mas também em fatores subjetivos e psicológicos dos estudantes.

Vale ressaltar também que não só a desigualdade escolar tende a aumentar a desigualdade salarial e de renda, mas também a política econômica do governo de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. As reformas aprovadas no último período, como as trabalhista e da previdência, além da lei da terceirização irrestrita, as MPs 936 e 927 aprovadas durante a pandemia, também são fatores para diminuir salários e rendimentos. Nos planos do governo está agora a aprovação da mais uma reforma, a administrativa.

Veja o Editorial do MRT: Reforma administrativa: destrói a saúde e educação, blinda os de cima, ataca os de baixo

 
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