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Em troca do aumento do bolsa família, empresários querem privatização e reforma administrativa
Redação

Empresários e executivos buscam consenso entre forças políticas para passar as privatizações e a reforma administrativa em troca de verbas para o Bolsa Família

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Foto: Marcos Correa/Arquivo/ND

Um grupo de empresários auto entitulado Manifesto Convergência Brasil, entregou ao governo federal e a congressistas um projeto de lei que defende que 30% das verbas arrecadadas com privatizações e a reforma administrativa seja destinado ao bolsa família. Querem trocar grandes ataques por migalhas para levar a frente o projeto neoliberal no país.

O grupo que conta, entre outros, com a participação de Frederico e Luiza Trajano, da Magazine Luiza, e apoiado por altos executivos do Banco do Brasil, pelo CEO da Tüv Süd no Brasil e conselheiro da Eldorado Celulose e Livraria Saraiva, João Loeck e outros grandes capitalistas brasileiros, pretende com a iniciativa, diminuir a resistência dos congressistas quanto a pauta da privatização e da reforma administrativa, supostamente unindo pautas defendidas pela direita, centro e esquerda.

O grupo que se diz apartidário, se mostra claramente tomando partido dos planos neoliberais, defendendo o ataque profundo aos direitos e empregos dos servidores públicos, e a entrega das empresas nacionais à grandes capitalistas nacionais e internacionais através das privatizações que como consequência também ataca a renda e as condições de trabalho, já que a precarização laboral e a terceirização caminham juntas à privatização.

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Acabam também tentando ajudar Bolsonaro ao buscar uma saída para o impasse do governo federal em financiar o novo programa assistencial que seria hoje o garantidor da popularidade do presidente.

Buscam, com esse projeto de lei, dar um empurrão nos ataques aos trabalhadores e ao povo pobre, ao mesmo tempo que tentariam conter a ira dos setores mais empobrecidos com o aumento da abrangência do Bolsa Família. Ou seja, tirar muito com uma mão para dar migalhas com a outra.

Os empresários brasileiros, Bolsonaro, STF, o congresso, os governadores e os Militares, podem não concordar em tudo, mas se têm algo em comum que os unifica é em aumentar os níveis de exploração dos trabalhadores.

Todo esse malabarismo de proposta de onde tirar o dinheiro para financiar o projeto assistencial do governo federal, se deve ao fato de que todos esses setores citados defendem religiosamente o respeito ao teto de gastos, que é um mecanismo para garantir que sobrem recursos, anualmente, para o pagamento da ilegal, fraudulenta e ilegítima dívida pública brasileira.

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