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Vencedora de Nobel detecta Covid-19 em 5 minutos mas países seguem sem testes massivos
Redação

Uma das vencedoras do Nobel de Química, Jennifer Doudna, que aconteceu na quarta-feira, 7, é líder de um time de pesquisadores da Universidade da Califórnia que desenvolveu um teste capaz de detectar o novo coronavírus em até cinco minutos.

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O teste, se for comercializado com sucesso e tiver uma produção de larga escala, pode dar às pessoas resultados quase que imediatos sobre a Covid-19. Ele consegue detectar o vírus usando a câmera de um smartphone e um dispositivo portátil equipado com um laser de baixo custo e coletores ópticos, o que evita o uso dos equipamentos pesados utilizados em hospitais.

Para os pesquisadores, o novo teste conseguiu identificar cinco casos positivos de Covid-19 em um tempo perfeito de cinco minutos por teste, enquanto uma versão comum pode demorar até um dia para ter os resultados confirmados. O teste também consegue identificar quanto vírus o paciente tem em seu corpo, podendo ajudar médicos a encontrarem os melhores tratamentos para suas condições.

Aqui no Brasil, Bolsonaro e os governadores se negam a seguir orientações médicas e cientistas para testar toda a população exposta para o coronavírus, não utilizaram todos os recursos destinados para o combate ao Covid-19, transformando o país referência entre os que menos testam a população no mundo, insistindo em realizar testes apenas em casos graves, indo contra as recomendações da OMS de aplicar testes rápidos em massa na população e colocando milhares de vidas em risco. Essa medida é ineficaz, tendo em vista que a ciência mostra que todos os infectados transmitem, até mesmo os que são assintomáticos e não apresentam sintomas graves.

Enquanto negam testes massivos na população, mantêm os recursos para salvar empresários e pagar a dívida pública, indo contra os estudos científicos que apontam que as infecções não documentadas facilitam uma maior disseminação do vírus, pois a identificação em grande escala permite um isolamento dos casos detectados e maior controle do contágio.

Entretanto, as empresas fabricantes de testes de diagnóstico e indústrias farmacêuticas estão mais preocupadas em aumentar seus lucros e se aproveitam de uma pandemia que leva a vida de milhares pelo mundo, como é o caso da empresa norte-americana “Cepheid” que recebeu autorização para fabricação de teste rápido mas irá cobrar US$19,80 por cada teste em países em desenvolvimento, enquanto uma pesquisa do Médicos Sem Fronteiras (MSF) mostra que os custos dos produtos é de apenas US$3.

A testagem massiva da população e dos trabalhadores da linha de frente é fundamental para enfrentar a crise e só poderá entrar em prática quando a indústria, institutos e laboratórios de pesquisas, públicos e privados, priorizarem primeiro as vidas e não os lucros dos capitalistas! São os trabalhadores que podem dar uma saída à crise, com o controle operário da indústria farmacêutica para que ela se volte para a produção massiva de testes e deixe de obedecer aos interesses capitalistas do mercado.

Nossas vidas valem mais que o lucro deles!

 
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