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ELEIÇÕES 2020
Quem são os candidatos mais ricos para a prefeitura de São Paulo?
Rafael Barros

Entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, alguns milionários e muito ricos. Veja aqui um pouco sobre os patrimônios declarados daqueles que fazem demagogia de que governarão “para os mais necessitados”, enquanto enriquecem com a política.

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Celso Russomanno

O candidato “defensor do consumidor”, é um verdadeiro consumidor, de imóveis e carros de luxo.

Russomano tem R$ 1.772.944,11 em patrimônios declarados, e a lista é larga. São sete veículos e seis imóveis. Dentre eles, um Hummer Mod 2007, avaliado em R$ 150.000,00, um Passat v6 2004, avaliado em R$ 55.000,00. Os seis imóveis de Russomanno - que contam com uma casa de R$ 301.100,79 - totalizam R$ 563.464,02.

Além disso, o resto do patrimônio de Russomanno vem de participações em empresas, como restaurantes, uma rede de rádio e televisão e uma empresa de empreendimentos.

Veja aqui a declaração de patrimônio de Russomanno no site do TSE

Marina Helou

A Ecocapitalista do Rede é uma das mais ricas concorrendo à prefeitura de São Paulo. Com 33 anos, ela tem um patrimônio declarado em R$ 2.244.000,00, que incluem 50% de um imóvel na Vila Madalena no valor de R$ 750.000,00 e 50% de um imóvel em Moema no valor de R$ 1.250.000,00.

Além disso ela é sócia de uma empresa, junto com mais três membros da família Helou, a ROHEL, que também faz Holdings de instituições não-financeiras na Bolsa, e também aluguel de imóveis. Sua parte na empresa vale R$ 82.500,00, pouco mais que o valor de seu carro Honda 2018, de R$ 78.000,00.

Veja aqui a declaração de patrimônios de Marina Helou no site do TSE

Sabará

O exemplo de que o Partido Novo não tem nada de novo. Um candidato multimilionário, com patrimônio declarado em R$ 5.111.138,94. A grande parte vem dos 72% que Sabará é dono, de uma empresa de cosméticos, a Fibella Comércio de Cosméticos, avaliada em pouco mais que 5 milhões de reais.

Além disso, ele tem R$ 51.035,62 investidos no Banco XP Investimentos, importante monopólio do capital financeiro, defensores das reformas e ajustes fiscais.

Veja aqui a declaração de patrimônios de Sabará no site do TSE

Andrea Matarazzo

Candidato pelo Partido Social Democrático, e parte de uma histórica família burguesa que lucrou explorando milhões de trabalhadores de SP para construir suas fortunas, além do enorme lucro com a especulação imobiliária, Andrea Matarazzo tem uma fortuna declarada de R$ 1.494.923,55, entre veículos, e participações em ações de empresas.

Sua maior parte vêm da sua quota na empresa da família Matarazzo, a Matarazzo Participações e Comércio Ltda, uma empresa que faz o controle de participação de outras empresas na bolsa de valores, dentre outras coisas. É, na prática, um monopólio empresarial.

Além disso, como é possível ver na imagem abaixo, com informações retiradas do site do TSE, Matarazzo ainda tem R$ 131.750,12 em uma conta bancária na Itália.

Veja aqui a declaração de patrimônios de Matarazzo no site do TSE

As declarações de bens são precisas e confiáveis?

De fato, muito se questiona sobre as declarações de bens dos candidatos. Se por um lado, muito pode ser checado, como diz um artigo de pesquisa sobre essas declarações de patrimônio, é o caso do valor de casas e carros.

Mas o que fica de fato nebuloso, e não pode ser até o final comprovado como preciso ou totalmente impreciso são os ativos bancários dos candidatos, e participações em empresas, tanto no Brasil como no exterior. Em muitas vezes, sim, parecem muito menores do que deveriam ser, ou de alguma forma, mascarados. Mas como são sigilosos não permitem uma apuração precisa e detalhada por jornalistas e grupos independentes.

Além disso, os patrimônios declarados são apenas aqueles que estão em nome dos candidatos. Não entram na conta patrimônios nos nomes de cônjuges e outros familiares, o que é uma prática extremamente comum entre a casta política - esconder seus bens e patrimônios em nome de terceiros.

Alguns políticos e suas declarações de bens fazer erguer a sobrancelha para questões assim. O atual prefeito Bruno Covas, do PSBD, por exemplo, tem declarados cerca de R$ 104 mil em patrimônios. Destes, em contas bancárias há um total de R$ 11.466,68 divididos em três contas, além de R$ 10 mil declarados em dinheiro vivo.

Artur do Val, o Mamãe Falei, tem declarado um valor total de R$ 408 mil. Em seus ativos bancários contam cerca de R$ 6 mil em aplicações pelo banco Santander, além de participação em uma empresa calculado em R$ 30 mil, e mais R$ 2.000 divididos em caderneta de poupança e outras aplicações. Vale lembrar que ele é famoso por ser Youtuber, com seu canal Mamãe Falei, que recebe o chamado “link patrocinado” do Youtube. FIca o questionamento do porque essa fonte de renda não aparece em momento algum em suas declarações de patrimônio.

Márcio França é outro que levanta questionamentos ao se deparar com sua declaração de patrimônios. Ele declara R$ 272.864,37. Desse total, R$ 100 mil são de participação na empresa Exspectans, além de outros cerca de R$ 24,8 mil em investimentos diversos.

É a falta de direito a apuração desses investimentos bancários e transações privadas sigilosas que abrem margem para que possa haver dúvidas do quanto são efetivamente fiéis os dados disponíveis no TSE sobre os patrimônios dos candidatos.

São formas permitidas pela mesma lei eleitoral que dificulta a vida da esquerda e dos trabalhadores nas eleições, que permite regalias para um punhado de políticos burgueses mascararem e encontrarem formas de diminuir seus patrimônios declarados nas eleições.

 
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