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CONTRA OS ATAQUES DA EXTREMA DIREITA
Deputada Talíria Petrone (PSOL) envia carta à ONU sobre ameaças de morte e silêncio do governo
Redação

Na semana passada a deputada federal do PSOL Talíria Petrone enviou uma carta à ONU relatando as novas ameaças de morte que recebeu, exigindo explicações e investigação séria por parte do governo e relembrando o caso que segue sem resposta há mais de um ano do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Nos solidarizamos e repudiamos todo ataque da extrema direita!

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Foto: Ricardo Albertini/Câmara dos Deputados

Na última semana, no dia 22 de setembro, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL/RJ) enviou uma carta às relatoras de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) após sofrer novas ameaças de morte neste ano. Na carta, Talíria exige explicações do governo de Bolsonaro, falando não só de seu caso, mas também do assassinato de Marielle Franco, que seguimos sem respostas.

A deputada Talíria já declarou que sua primeira ameaça de morte foi quando foi eleita vereadora na cidade de Niterói no ano de 2016, mesmo ano em que Marielle Franco foi eleita vereadora na capital do Rio de Janeiro. Em 2018, quando eleita deputada federal, a Polícia descobriu novas ameaças à parlamentar do PSOL na chamada “deep web”. Desde então Talíria foi escoltada pela Polícia Legislativa, até começar a pandemia.

Entretanto, em junho deste ano novas ameaças foram descobertas. Naquele momento, de maneira completamente absurda, Witzel ignorou o pedido proteção à deputada. Passou então a ser escoltada novamente pela Polícia Legislativa, mas até agora, não houve abertura de investigação destas ameaças.

Segundo Talíria Petrone em uma entrevista concedida à Carta Capital, “Como deputada eleita, defensora dos direitos humanos, negra que identifica-se com as lutas contra o racismo, misoginia e outras formas de intolerância, eu percebo as ameaças dirigidas a mim como uma ameaça à própria democracia”. E acrescentou ainda que “Isso é fruto dos tempos que estamos vivendo, de um autoritarismo sem tamanho”.

Caso as relatoras da ONU acatem o pedido expresso na carta da deputada, a denúncia será uma cobrança formal ao governo brasileiro de Bolsonaro, obrigando-o iniciar um processo de investigação e/ou causando constrangimento internacional diante do caso de uma parlamentar ser ameaça seguidas vezes de morte no país.

O Estado é responsável por descobrir as origens dessas ameaças reacionárias e persecutórias, assim como é responsável pelo assassinato de Marielle Franco em 2018. O Esquerda Diário se solidariza com Talíria Petrone e o PSOL, repudiando toda e qualquer ameaça reacionária contra a esquerda, contra mulheres negras que se colocam na política, e é por isso que acreditamos que é necessário que as organizações de esquerda e dos trabalhadores organizem sua autodefesa, se protegendo da extrema direita e diante do silêncio e conivência do governo.

 
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