Foto: Instagram/Reprodução
O programa Pátria Voluntária, que tem como função repassar verba de instituições privadas para organizações do Terceiro Setor, foi criado por decreto por Jair Bolsonaro em 2019, e é coordenado pela Casa Civil. Dos R$10,9 milhões arrecadados desde abril, quase metade do dinheiro já foi distribuído sem edital. Além do repasse para a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), indicada por Damares, outras organizações filiadas à AMTB receberam mais de R$400 mil também sem edital.
A AMTB é uma instituição missionária evangélica que possui outras relações com a ministra. Segundo o mesmo jornal, a AMTB consta no site da Receita Federal com o registro da ONG Atini, que foi fundada por Damares em 2006 e contou com a sua participação direta até 2015.
Além do repasse de verbas arrecadadas por um programa governamental para organizações evangélicas sem qualquer tipo de seleção, já foram gastos R$9 milhões de dinheiro público para a realização de propaganda do Pátria Voluntária pela via da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
Não é a primeira vez que Michelle Bolsonaro está envolvida em violações, afinal, o questionamento sobre o porquê Michelle recebeu R$89 mil de Queiroz segue sem resposta.
Outro aspecto agravante de toda essa situação é o aprofundamento dos interesses e vínculos religiosos junto ao Estado. Damares é uma representante ativa do que existe de mais retrógrado quando se trata da relação entre Igreja e Estado, atuando para atacar os direitos das mulheres, chegando ao absurdo de ter tentado impedir a realização do aborto de uma menina de 10 anos que era sistematicamente estuprada pelo tio Espírito Santo.
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