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EDUCAÇÃO
Justiça, ao lado de Leite, mantém o corte de ponto ilegal dos trabalhadores da educação
Diego Nunes

O Tribunal de Justiça do RS decidiu nessa segunda-feira (28) manter o ataque de Eduardo Leite aos educadores que fizeram a última greve, mesmo que os dias tenham sido recuperados sem nenhum prejuízo para os alunos. Nenhuma confiança se pode depositar nessa justiça golpista.

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O corte do ponto na última greve foi totalmente arbitrário e ilegal. Os professores e funcionários de escola fizeram uma greve legítima para manter seus direitos, porém com amparo do STF e agora do TJRS Eduardo Leite mantém esse que é um ataque ao direito de organização dos trabalhadores. Ademais as aulas foram recuperadas em dezembro, janeiro e em algumas escolas até em fevereiro, sem prejuízo aos alunos, mas esse continua como um trabalho gratuito, similar ao escravo, sem remuneração.

O próprio governador Eduardo Leite declarou que o corte serviria para “desestimular a prática grevista”. Muitos professores e funcionários de escola estavam animados com a notícia de que o TJ iria julgar o corte do ponto, confiando que seria favorável. Muitos profissionais da educação veem esse dinheiro como um alento à situação precária de vida em que foram jogados nos últimos anos, em especial durante a pandemia.

Essa expectativa, no entanto, é alimentada pela Direção Central do CPERS (PT/PCdoB/PDT) que transformou a luta e a mobilização dos educadores em lutas meramente jurídicas e de pressão parlamentar, não investindo em forte campanha midiática de denúncia contra Leite nem apostando na força dos educadores com suas comunidades nas ruas durante a greve. A greve poderia ter se tornado uma grande causa popular pela educação, único caminho para levar a categoria à vitória, em unidade com outras categorias, diante de um regime marcado pelo golpe institucional que veio para descarregar a crise sobre os trabalhadores com judiciário, parlamentos, militares e tudo mais a esse serviço.

Vive-se agora a imposição de Eduardo Leite pelo retorno às aulas em meio à pandemia, inclusive solicitando para que pais e responsáveis assinem um termo de responsabilidade para que assumam para si os riscos. Nesse momento os trabalhadores da educação precisam tomar o sindicato em suas próprias mãos e se auto organizar em cada local de trabalho com suas comunidades e conselhos escolares, porque o que está em jogo agora não são salários mas as vidas de milhares de alunos e famílias. É preciso lutar para que sejam os Conselhos Escolares em debate com as comunidades que decidam sobre quando e como retornar as aulas.

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