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BOLSONARO E DÓRIA
Em SP Bolsonaro e Doria têm rejeição maior entre negros, mulheres e jovens
Redação

A nova pesquisa do DataFolha sobre os índices de aprovação de Bolsonaro mostram que em SP os setores mais afetados pela crise sanitária e econômica são os que mais rejeitam o presidente. Os números da rejeição de Dória também são fortes entre mulheres, negros e jovens.

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Segundo o DataFolha, Bolsonaro e Dória tem rejeição significativa em São Paulo. 46% dos paulistanos consideram a presidência de Bolsonaro ruim ou péssima. Já Dória, são 39%.

Entre as mulheres, a rejeição de Bolsonaro em São Paulo bate os 50%. Números que refletem as consequencias da crise sanitária e econômica, já que são as mulheres parte importante dos setores que mais sofreram as consequências do desemprego, da falta de testes, de leitos, e das mortes por Covid-19.

Entre a juventude, assolada também no desemprego, Bolsonaro também tem índices altos de desaprovação. Entre os que tem 16 a 24 anos, são 54% os que desaprovam, e entre os que tem 25 a 34 anos, são 55%.

Entre os negros, que sofrem cotidianamente com a violência policial racista alimentada por Bolsonaro - mas também por Doria - a rejeição ao presidente chega aos 59%. Um dado que também reflete o caráter de raça e de classe que tem as políticas governamentais frente ao coronavírus.

Alguns outros dados recentes ajudam também a entender a rejeição dos negros e negras ao presidente. Afinal, em São Paulo a população pobre e trabalhadora (majoritariamente negra) se infectam 2,5 vezes mais do que ricos. Além disso, diversas pesquisas indicam que no Brasil, a Covid-19 é muito mais letais entre negros, e pessoas de baixa escolaridade. O ápice dessa desigualdade ocorre entre os negros analfabetos e os brancos com nível superior: 80% contra 19% (em dados de maio).

Dória também tem indices de desaprovação altos em alguns desses setores, em especial nas baixas rendas. Moradores do centro dão uma rejeicão à Doria de 43%, e na Zona Leste sua rejeição bate os 40%. São dados que mostram que para um setor da população, a gestão de Dória da pandemia é distante daquilo que o governador fala.

Afinal, o Estado tem os maiores índices de mortos do país, além de altas enormes nos casos e mortes nas periferias após as reaberturas, como é o caso de Paraisópolis.

Entre os jovens, que em São Paulo vivem, em sua maioria, a realidade da informalidade e desemprego fruto da gestão do tucano, a aprovação é muito pequena, de apenas 15% entre aqueles que têm de 16 a 24 anos. Também um reflexo da juventude que hoje vive e trabalha montada em bicicletas e motos, e teve de arriscar sua vida em nome de sustento ao longo de toda a pandemia, sem direitos e sem garantias de segurança e saúde.

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Um olhar detido nos dados mostra que as principais fontes de rejeição tanto a Bolsonaro quanto a Doria em São Paulo são daqueles que mais pagaram a conta da crise. Seja com sua saúde, seja com suas condições de vida e seus empregos. São dados que não só apontam o que foi e o que é a gestão bolsonarista da crise, mas também que desmontam o discurso de gestão “racional” da crise de João Doria, que também depositou os custos nas costas de mulheres, negros, e jovens em São Paulo.

 
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