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RIO DE JANEIRO
Alerj aprova prosseguimento do impeachment de Witzel por unanimidade
Redação

Após votação unânime na tarde de ontem, 23, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro encaminhou o afastamento do governador Wilson Witzel (PSC) e deu abertura ao processo contra ele por crime de responsabilidade. Witzel está temporariamente afastado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça.

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Com votação unânime pelo seu afastamento, Witzel já havia sido denunciado duas vezes pelo Ministério Público Federal por suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. No parecer do relator, se fala em "descaso com a vida e oportunismo com a desgraça", já que Witzel é acusado, entre outros desvios, de aproveitar a pandemia para praticar atos de corrupção.

Depois que o Tribunal de Justiça for comunicado e atestar o afastamento promovido pela Alerj, cinco desembargadores e cinco deputados vão compor um tribunal misto para analisar a cassação em si do mandato. Se sete dos dez votos forem pró-condenação, Witzel perde o cargo de vez.

Em sua defesa por vídeo, que durou uma hora, ele não se defendeu, mas admitiu sua derrota e atacou antigos aliados. Witzel disse que jamais apoiou a extrema direita que está no poder no país, ainda que tenha sido eleito colado ao bolsonarismo e dizendo que a polícia carioca tem que “mirar na cabecinha”, incentivando os assassinatoes pela polícia.

Witzel também Atacou o Ministério Público e deputados, e se apropriou de falas de Fernando Collor, ex-presidente que também sofreu impeachment. Nenhum deputado saiu em defesa do governador.

Leia também: O desprezível Witzel e o autoritarismo judiciário

A queda de Witzel é fruto de uma disputas de poderes no estado e conta com o crescente autoritarismo do judiciário no país. Ainda que seja indiscutível que ele faz parte da nata da corrupção e do reacionarismo nacional, com escândalos como o desvio de dinheiro da saúde em plena pandemia, o impeachment não é vitória da classe trabalhadora carioca porque só mostra uma mudança dos jogadores, que são altamente privilegiados, em um jogo que segue com as mesmas regras que favorecem corruptos e corruptores.

Fonte: Agência Estado.

 
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