Imagem: Sérgio Moraes/AscomAGU/Divulgação
A Advocacia Geral da União (AGU) mostrou nesta tarde que não poupa esforços para garantir também pelos seus próprios meios os privilégios de seu alto escalão, e promoveu de uma só vez 606 procuradores ao topo da carreira, com salários de R$ 27,3 mil.
Isso significa que a AGU não achou suficiente a proposta de reforma administrativa de Bolsonaro para garantir os privilégios do alto escalão do funcionalismo público (como juízes, policiais, militares), enquanto busca atacar a maioria dos servidores públicos que estão concentrados nas áreas da saúde e educação, com salários que, em média, mal ultrapassam R$ 3 mil.
A medida da AGU parece querer se antecipar a eventuais ameaças aos privilégios que possam surgir em meio à tramitação da reforma no Congresso. Se depender da casta de deputados e senadores, estes farão o possível para manter a abismo que existe entre a precarização da vida de milhões de trabalhadores de um lado e os privilégios do alto escalão do outro.
Eventuais ameaças a esses privilégios só poderão surgir na medida em as massas de trabalhadores atacados pela reforma de Bolsonaro reorganizarem as suas forças para quebrar as amarras que são colocadas, inclusive, por suas próprias direções sindicais burocráticas.
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