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DESEMPREGO
Em 4 meses, desemprego subiu 27,6% segundo IBGE: trabalhadores não devem pagar pela crise
Grazieli Rodrigues
Professora da rede municipal de São Paulo

Passando de 10,1 milhões a 12,9 milhões, a população desocupada cresce no Brasil, num momento em que o auxílio emergencial cai pela metade e insumos básicos como um pacote de arroz chega a custar R$40.

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(Imagem: Reprodução Suno Research)

Nesta quarta-feira (23) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) informou que o Desemprego cresceu 27,6% em 4 meses de pandemia, passando de 10,1 milhões em maio a 12,9 milhões em agosto.

Se comparado a julho, a desocupação teve um aumento percentual de 0,5 ponto até agosto, passando de 13,1% para 13,6%.

As regiões Norte e Nordeste apresentaram maior crescimento da desocupação, com altas de 10,3% e 14,3%, respectivamente. E região Sul, foi a única, por sua vez, a apresentar leve queda da população desocupada, com diminuição de 2,3%.

Também são as mulheres que ocupam o rancking de desocupação, sendo o índice de 16,2%, e dos homens de 11,7%, diferença essa expressa em todas as regiões. Além disso, também se constatou em todas as regiões do país que, o maior índice de desempregados está entre a população de cor preta ou parda, ou seja, na população negra, sendo esse de 15,4%, e entre a população branca de 11,5%.

Os mais jovens foram os que apresentaram mais desocupação também, sendo de 23,3% o índice entre os da faixa etária de 14 a 29 anos. E ao analisar a escolaridade, o IBGE apontou que, aqueles com nível superior completo ou pós graduação são os menos desocupados, com taxas de 6,8%.

Esses dados refletem diretamente o efeito da crise econômica aprofundada pela pandemia do coronavírus e revela os rostos de seus principais pagadores: homens e mulheres negras; as mães deste país, que vivem pela pandemia além do desemprego apontado pelo IBGE um aumento e sobrecarga do trabalho doméstico e de cuidados; além dos jovens filhos da classe trabalhadora, de quem o direito à educação também foi roubado com o ensino remoto excludente que aprofundou a desigualdade de ensino no Brasil. Sendo as reformas de Guedes e Bolsonaro, assim como as inúmeras medidas aprovadas pelo Congresso, pelo STF e pelos governos estaduais e municipais, um reflexo de que seguem empenhados no objetivo de seguir com os ataques contra os parcos direitos da classe.

A redução do auxílio emergencial e a alta dos preços de insumo alimentares básicos, como o arroz, assim como essa realidade expressa em números que escancaram que o aprofundamento da condição miserável de vida da população brasileira, coloca a urgente tarefa de organização das direções dos trabalhadores, através de centrais sindicais imensas como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, respectivamente, deixarem suas quarentenas e organizarem os trabalhadores de suas bases e os desempregados, numa forte mobilização para reverter os ataques já aprovados e impedir que a totalidade dessa crise capitalista exima os patrões e a classe burguesa desse país de sua responsabilidade nessa situação e descarreguem a crise nas costas dos trabalhadores.

 
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