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VOLTA ÀS AULAS NA PANDEMIA
Representando os empresários, socialite Viviane Senna defende volta às aulas na pandemia
Redação

Em entrevista à Folha de SP, Viviane Senna, que é presidente do Instituto Ayrton Senna, defendeu a reabertura das escolas e afirmou que os riscos de contaminação são “pouquíssimo relevantes”.

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Foto: Reprodução

Viviane Senna deu uma extensa entrevista defendendo e incentivando a volta às aulas no meio da pandemia. A socialite preside o Instituto Ayrton Senna, uma instituição privada que tem bastante influência na proposição de políticas públicas educacionais com vistas a inserir corporações na gestão da educação pública. Ou seja, com um discurso de melhoria da qualidade do ensino, vem se movimentando cada vez mais no sentido de avançar na privatização do ensino no país.

Sabendo desses interesses, cai por terra a demagogia da empresária endossada na entrevista de “preocupação com a integridade dos alunos”. Em outra entrevista, Viviane chegou a afirmar que “o problema da educação não é a falta de dinheiro”, e que “o professor sozinho é responsável por 70% do desenvolvimento do aluno”.

Além de não ser um tema consensual, existem pesquisas que apontam justamente o contrário, de que há um aumento no risco de contaminação frente à impossibilidade de um ambiente saudável para alunos e profissionais da educação.

Veja mais: Com apenas 35% da capacidade, reabertura das escolas pode infectar até 46% dos alunos

E é justamente acerca desse ambiente saudável e seguro que a empresária não se manifesta. Não fala nada sobre um programa de medidas emergenciais que garanta a segurança de alunos e professores, nada sobre testagem massiva dos profissionais da educação e dos estudantes.

Segundo a empresária, “as taxas de infecção e óbitos entre crianças é duas vezes maior do que as da Covid-19”. Entretanto, 64,4% das crianças e adolescentes carregam o vírus e são assintomáticas, conforme indicado pelo inquérito sorológico conduzido por técnicos da Prefeitura de São Paulo, além da baixa testagem realizada. Ou seja, os números apresentados pela empresária são extremamente incertos. Sem falar que as crianças são potenciais transmissoras do vírus para os familiares.

A empresária ainda cinicamente propõe modelos de protocolos que são praticamente impossíveis de se cumprir em um país cujos alunos mal podem se sentar na sala de aula.

Toda essa pressão tem como finalidade a garantia dos lucros de produtividade e jogar os professores contra os pais e alunos. A decisão da volta às aulas não deve ser deixado nas mão de pessoas como Viviane ou Dória que representam os interesses empresariais e que por sinal já fizeram parceria antes para atacar o ensino.

Veja também: INOVA, a educação do desemprego e da precarização

Defendemos que essa seja uma decisão conjunta dos professores, estudantes e pais, é preciso fortalecer a auto-organização para que casos como o do professor Diego Tavares Cordeiro não aconteçam mais. Como e quando as aulas serão retornadas é uma decisão que apenas os conselhos escolares poderiam tomar.

 
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