(Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
O parecer deve receber o voto de dois terços dos deputados para ser aprovado no plenário da Assembleia Legislativa. Caso isso ocorra, o governador Wilson Witzel terá seu afastamento renovado por 180 dias, pois já está afastado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é acusado de receber propina em contratos da saúde relacionados ao combate a pandemia de Covid-19.
Se o parecer for aprovado no plenário, será formada uma comissão mista, composta por cinco deputados e cinco desembargadores, que irá julgar o caso e poderá afastar definitivamente o governador.
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Este processo de impeachment ocorre no momento em que Witzel se afasta de Bolsonaro, enquanto este se fortalece no cenário nacional por causa do auxílio emergencial. Longe de ser um combate a corrupção ou uma defesa da saúde, é uma disputa entre dois setores da extrema-direita por seus próprios espaços de poder.
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Neste momento também ocorre uma ofensiva da Lava-Jato do Rio de Janeiro, comandada pelo juiz Marcelo Bretas, mais próximo de Bolsonaro, e que segue com mandados arbitrários de prisão e de busca e apreensão.
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