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DESEMPREGO
Mesmo com reaberturas, desemprego permanece alto com 12,6 milhões sem trabalho
Diego Nunes

A terceira semana de agosto registrou 13,2% na taxa de desemprego frente a 13,6% na segunda semana do mês. Com quase 130 mil mortos pelo COVID-19 no Brasil os trabalhadores continuam entre o desemprego, a fome e o risco de se infectar ou ver seus parentes e amigos morrerem.

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A pesquisa foi divulgada nessa sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Entre 16 e 22 de agosto estima-se que diminuiu em 300 mil o número de desempregados no país, que ainda somam 12,6 milhões. A taxa de informalidade no entanto se manteve em 33,4%.

Segundo a Agência Estado “A população fora da força de trabalho - que não estava trabalhando nem procurava por trabalho - somou 75 milhões na terceira semana de agosto, ante um total de 75,4 milhões na semana anterior. Entre os inativos, cerca de 26,9 milhões de pessoas, ou 35,9% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar”.

Bolsonaro sempre defendeu que a reabertura da economia era a única alternativa para evitar o colapso da economia, que demagogicamente colocou acima da vida dos milhares de mortos. Esses resultados frágeis de recuperação do mercado de trabalho, mostram como era uma mentira sua afirmação. A reabertura por si só é incapaz de reacender a economia que já vinha com tendências de crise, com alto desemprego, e a pandemia apenas potencializou esse cenário, agravando a crise.

O cenário com o aumento da inflação dos alimentos e materiais de construção, combinado com a redução pela metade do auxílio emergencial, é nada promissor. Apesar dessa pequena oscilação em direção do emprego, o que pode ser reflexo de uma retomada da economia forçada nos estados pela pressão dos empresários, a classe trabalhadora brasileira empregada está sob ataques e perda de direitos com os decretos de Bolsonaro e tentativas de aplicar a reforma trabalhista. Agora o foco está na reforma administrativa, que irá manter os privilégios dos altos funcionários do governo mas irá retirar os direitos e a estabilidade dos funcionários públicos mais pobres se passar. Como os trabalhadores do Correios em greve desde 17/8 lutando contra o corte de 70 cláusulas do acordo coletivo.

Bolsonaro e Guedes tentam jogar com esse discurso de que os funcionários públicos são privilegiados para tentar jogar os trabalhadores mais precários contra os servidores que possuem algum direito. Isso porque se os mais precários se unem com os trabalhadores do setor público, contra as privatizações inclusive, essa unidade pode significar um enorme obstáculo para Guedes, Bolsonaro e todo o governo com seus planos ultra liberais. Eles tentam dividir os trabalhadores para dominar. O que precisamos buscar é, ao contrário, a unidade de toda a classe trabalhadora contra os reais privilegiados que ganham salários absurdos que passam os 30 mil reais fora os benefícios a quem Guedes disse que ganham pouco! Nossa luta tem que ser para que todo político ganhe como um trabalhador comum.

 
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