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Enquanto povo passa fome, Bolsonaro quer isentar impostos de importação dos empresários
Redação

Frente a crise dos preços de insumos alimentares básicos como o arroz, Bolsonaro propõe zerar a taxa de importação desses produtos, medida que pouco interfere nos altíssimos valores com que esses produtos são vendidos à população, ainda mais no momento de aprofundamento da crise que vivemos e com a diminuição do auxílio emergencial pela metade anunciada essa semana.

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Depois de responder à alta dos preços pedindo patriotismo aos empresários, como fez na última sexta (04), e de ter anunciado a redução do auxílio emergencial que recebem hoje os desempregados e trabalhadores informais para R$300, Jair Bolsonaro anuncia que planeja zerar taxa de importação como forma de reduzir o preço dos alimentos da cesta básica.

Bolsonaro que já via sua popularidade ameaçada pela redução do auxílio, agora se vê obrigado a responder ao aumento do preço de produtos como soja, milho e arroz – este último, segundo a ProconsBrasil chega a custar 320% a mais, com o pacote que já em alta custava R$15 passando a ser encontrado por até R$40. Por isso foi instalado no Planalto um gabinete para acompanhamento da variação dos custos, trabalho que já vinha sendo feito pelos ministérios da Economia e da Agricultura, que já haviam defendido que as tarifas de importação fossem zeradas mediante o aumento dos preços, no entanto, essa decisão que depende do aval da Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), se quer tem data para ser tratado.

Essa proposta de redução das taxas, têm como objetivo aumentar as vendas externas desses produtos, cujos índices estão baixos, por um menor preço aos compradores externos, como forma de aumentar as vendas e arrecadação, ao invés de se reduzirem imediatamente os preços para que a população possa consumir esses produtos básicos imediatamente. No entanto, o que defendeu Bolsonaro é que a redução do valor para população poderia se dar com as novas safras por dezembro, janeiro, em especial o arroz, como se fosse possível esperar.

Letícia Parks, candidata à Vereadora em São Paulo por filiação democrática do MRT pelo PSOL, junto a Bancada Revolucionária de Trabalhadores, produziu um excelente vídeo sobre isso que chamamos todas e todos a assistir, através deste link .

A difícil situação enfrentada pelos trabalhadores é consequência direta da alta do dólar e da desvalorização do real, assim como pelo aumento das importações de alimentos por parte da China, no entanto é preciso dizer clara e abertamente que em última instância, são os trabalhadores que seguem pagando pela crise em toda linha. Crise essa do sistema capitalista que já vinha desde 2008 e se aprofundou com a crise econômica, levando a economia a contornos recessivos e um brutal aumento da dívida pública – dívida essa que nós do MRT e do Esquerda Diário defendemos há anos que deixe de ser paga, porque é na verdade é um roubo à nossa classe e um mecanismo de submissão imperialista que não tem fim na lógica desse sistema capitalista.

Defendemos como resposta à isso medidas que de fato coloquem a vida dos trabalhadores e suas necessidades em primeiro plano, o que está diretamente ligado não só a diminuição do preço dos produtos todos de que necessitamos para sobreviver de forma digna, mas também a revogação de medidas como MP 936, que nesse contexto de aprofundamento da crise econômica e política permite diminuir ainda os já baixos salários da nossa classe. Mas lutamos também por um programa de divisão das horas de trabalho sem redução de salário, a proibição das demissões durante o período da pandemia, como maneiras efetivas de manter a renda da população – que antes da pandemia era em média de R$2.000,00 valor que defendemos para o auxílio, em contraponto os já insuficientes R$600 que foram ainda cortados pela metade por Bolsonaro. Junto com isso, a fim de reverter o problema do desemprego apontamos a necessidade de elaboração de um plano de obras públicas definido e controlado pela população e que empregue milhares de trabalhadores. Basta de meias respostas aos problemas reais da nossa classe hoje, assim como os ataques diariamente destilados contra nós. Que os capitalistas paguem pela crise!

 
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