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ESTADOS UNIDOS
Polícia dos EUA atira em menino autista de 13 anos que estava em crise
Redação

A polícia de Salt Lake City, no estado de Utah, nos EUA, atirou várias vezes em Linden Cameron, que agora está no hospital em estado grave. O fato ocorreu após a mãe ligar pedindo ajuda para lidar com a crise que ele estava enfrentando.

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Segundo sua mãe, Golda Barton, o jovem está com ferimentos nos intestinos, na bexiga, no ombro e nos calcanhares. Ela afirmou que havia ligado ao 911, central de atendimento da polícia e serviços de saúde nos EUA, pedindo uma equipe de intervenção médica, porque o filho estava tendo uma crise de ansiedade.

Dois policiais compareceram em 5 minutos ao local com armas apontadas ao jovem e gritando para que ele deitasse no chão, que apenas causou mais pânico ao menino. Com isso Cameron saiu correndo e a polícia, como usualmente faz nos Estados Unidos, atirou no garoto.

“Eu disse: ’Ele está desarmado, ele só fica bravo e começa a gritar. Ele é uma criança, só quer atenção’”, afirmou Barton. “Eles deveriam resolver a situação com o mínimo de violência possível. Por que não imobilizá-lo? Ele é só uma criança.” Era a primeira vez que a mãe voltava ao trabalho em mais de um ano, e ela afirmou que implorou para que não atirassem.

A versão dos policiais afirma que Cameron foi considerado suspeito de fazer "ameaças com uma arma" a conhecidos, mas, segundo o próprio sargento da polícia de Salt Lake, Keith Horrocks, nenhuma arma foi encontrada no local.

Os assassinatos pelas mãos da polícia nos Estados Unidos vem sendo profundamente questionados, gerando grandes protestos em 2020 que exigiam o fim do financiamento da polícia e que os policiais saíssem dos sindicatos. As manifestações começaram por Justiça a George Floyd, que foi asfixiado pelo joelho de um policial branco por mais de 8 minutos. Depois seguiu contra o caso que ocorreu com Jacob blake, que foi baleado pelas costas por policiais e ficou paralisado da cintura para baixo em Kenosha, no Wisconsin. Ambos eram negros e expressaram o caráter profundamente racista da instituição policial.

Agora o caso de Linden Cameron escancara ainda mais que a polícia passa longe de proteger a população, e além de racista piorou a situação de um jovem autista que estava com crise de ansiedade, enviando-o diretamente para o hospital em estado grave.

Em meio a esse cenário de protestos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostrou seu reacionarismo e recorreu à Guarda Nacional para reprimir as manifestações, além de decretar toque de recolher em todo o país e afirmar que usaria "milhares de soldados".

Frente ao período eleitoral, Trump está apostando na polarização para mobilizar a sua base reacionária, agitando ainda mais os grupos supremacistas e a atuação da polícia contra os manifestantes. Isso enquanto os democratas tentam canalizar essa fúria das ruas para as eleições, colocando Kamala Harris como vice de Biden nas eleições de novembro, para conter a raiva que está nas sendo expressa nas ruas e direcioná-la às urnas.

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